sábado, 17 de dezembro de 2011

Valéria e Janete ."Ai, Como Eu Tô Bandida"

Valéria (Rodrigo Sant'anna) e Janete (Thalita Carauta), que são a principal atração do quadro "Metrô Zorra Brasil"


Valéria  e Janete no Zorra Total.



Há  meses, a Valéria Vasques, mais conhecida pelo bordão “Ai, como eu to bandida”, se tornou a grande febre do Zorra Total. A personagem contracena com Janete (Thalita Carauta) dentro de um metrô, onde protagonizam diversas situações que acabam virando piada. Em entrevista , o ator conta que os dois se conhecem há mais de dez anos e que a dupla de personagens vivida pelos atores saiu da peça de teatro “Os suburbanos”.

“Foi uma questão de sorte, caí no gosto do público com um personagem que já dava certo e que foi para a TV com a mesma qualidade”, afirma o ator. Rodrigo diz que não gosta da fama e que se sente desconfortável com o sucesso. “Ser chamado de Valéria na rua é constrangedor…”, admite.

Valéria e Janete são personagens bem populares, inspiradas no tipo suburbano carioca, que debocham da realidade com cuidado para não ofender o público. A linha é a mesma seguida por Lady Kate (Katiuscia Kanoro), que contracena com Admilson, um pagodeiro romântico que também é encarnado por Sant’Anna.

Esse modelo de personagem popular, que eleva à máxima potência o estereótipo e que dialoga gritando, tem sido o preferido da direção da Globo. A razão, obviamente, justifica-se pela audiência. Valéria “Bandida” tem ajudado o Zorra Total nas noites de sábado. Tanto que o tempo da personagem triplicou e já fica até 15 minutos no ar.

Comenta-se nos bastidores da emissora carioca que Rodrigo e Thalita podem ganhar um programa solo, tamanho o poder que as duas figuras têm, refeltindo-se, inclusive na audiência: 25 pontos, em média.

Antes da esquete surgir, o primeiro bloco do ZT (Valéria e Janete normalmente abrem o programa) não chegava aos 21 pontos no Ibope.Eles começam ganhando um minutinho aqui, outro lá. Logo viram uma atração dentro de outra atração, de tão espaçosos. Impulsionados pela boa audiência, quadros como o do "metrô" do "Zorra Total" (Globo) ocupam quase metade da atração onde nasceram. E caminham em busca de vida própria.

O esquete "Metrô Zorra Brasil", do "Zorra Total", só ganha vagões. A atração, que estreou em maio com pouco mais de dez minutos, hoje ocupa dois blocos do humorístico, somando quase 40 minutos no ar. O "Zorra" tem uma hora de exibição.

Cabe também ao quadro o pico de audiência do programa, que passou dos 20 pontos para os 25 pontos depois da estreia da trupe de Valéria (Rodrigo Sant'anna) e Janete (Thalita Carauta), protagonistas do esquete. Cada ponto equivale a 58 mil domicílios na Grande São Paulo.


"O 'metrô' é um quadro com vários quadros dentro, essa subdivisão de vagões permite a criação de esquetes e personagens".Além disso, há paródias como o funk “Ai, como eu tô bandida” na internet, e expressões como “tá no cutuque” ganharam as ruas.

A atração global ganhou mais destaque quando o Sindicato dos Metroviários de SP, com o apoio da ministra Iriny Lopes, exigiu que a emissora tirasse o quadro de Valéria do ar, por ter um suposto incentivo ao assédio sexual. "Meu trabalho eu faço em prol da alegria", argumenta o artista (Rodrigo Sant'anna) .O sindicato afirma que a atração é um incentivo ao assédio sexual, já que mostra, ao final dos episódios, um homem bolinando a outra personagem, Janete. A Secretaria de Assuntos da Mulher do Sindicato dos Metroviários de São Paulo formalizou à TV Globo , o pedido para retirar do ar o quadro Metrô Zorra Brasil do programa Zorra Total. Segundo a secretaria, há incitação clara de assédio sexual às mulheres.

Ainda de acordo com a secretaria, a iniciativa faz parte de uma campanha contra o assédio sexual. Em nota, a TV Globo afirmou que o humorístico não teve como objetivo incitar qualquer tipo de violência, principalmente contra a mulher, que sempre defendeu em campanhas de conscientização. Leia abaixo, na íntegra, a nota da TV Globo:

"O Zorra Total é um programa humorístico cujos quadros trazem situações fictícias dissociadas da realidade. O quadro em questão não incita qualquer comportamento, muito menos a violência contra a mulher. Seu objetivo é entreter o telespectador, no que, acreditamos, é bem-sucedido. A TV Globo se orgulha de ser um veículo de comunicação que sempre defendeu os direitos da mulher em campanhas de conscientização, no seu conteúdo jornalístico e nas ações de responsabilidade social veiculadas em suas obras de dramaturgia."

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