segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

José Ferreira Neto, mais conhecido como Craque Neto,


Neto teve um desentendimento recentemente com o comentarista Benjamin Back no programa Jogo Aberto da TV Bandeirantes. Após a discussão ao vivo Benjamin foi demitido da emissora.
O acerto do contrato foi assinado na sala da presidência do Palmeiras. Estavam presentes o próprio presidente Carlos Facchina Nunes, os diretores Márcio Pappa e Nicola Racioppi, além do técnico Leão. 
José Ferreira Neto, mais conhecido como Craque Neto (Santo Antônio de Posse  SP, 9 de setembro de 1966) . É um dos maiores ídolos da história do Corinthians, tendo recebido o apelido de xodó da fiel, sendo o principal condutor do clube ao seu primeiro título brasileiro, em 1990. Ficou conhecido por seu espírito de liderança, ótimos lançamentos e por ser um exímio cobrador de faltas (foi considerado o melhor do Brasil em sua época). Ao longo de sua carreira disputou 470 jogos, tendo marcado 184 gols.

Começou a carreira no infantil da Ponte Preta, mas ainda amador se transferiu para as categorias de base do Guarani. Talentoso, o meia-esquerda despertou a atenção da opinião pública tão logo estreou como profissional, aos dezessete anos. Com sua habilidade e gols espetaculares, despertou interesse de grandes equipes do Brasil, chegando a ser visto por alguns como um novo Maradona. Apesar disso, passou o segundo semestre de 1986 no Bangu/RJ.

Foi contratado pelo São Paulo em 1987, mas teve participação discreta. Foram 33 partidas (doze vitórias, treze empates, oito derrotas), cinco gols marcados e conquistando o título paulista daquele ano.

Voltou para o Guarani e foi vice-campeão paulista de 1988. No time de Campinas voltou a brilhar. Num dos grandes lances de sua carreira, marcou um gol de bicicleta antológico sobre o Corinthians, no primeiro jogo da final do Campeonato Paulista de 1988. O golaço rendeu a capa da revista Placar com a manchete: "Golpe de Mestre". O jogo terminou 1 x 1, com o gol de empate corintiano sendo marcado pelo lateral Édson Boaro.

Durante a carreira marcaria outros gols fantásticos, principalmente com a camisa do Corinthians. Valendo destacar um de bicicleta contra o Guarani, em 1992, três em mesmo jogo contra o Cruzeiro, em 1991, um contra a Ponte Preta, em 1990 - driblando vários adversários (parecido com o de Maradona contra a Inglaterra na Copa de 86), e um de falta contra o Flamengo, em 1991, no Maracanã (em uma cobrança quase do meio do campo).

Pelo bom desempenho em 1988, foi contratado pelo Palmeiras no ano seguinte. De novo não foi bem. Escalado sucessivamente na ponta-esquerda pelo técnico Emerson Leão, brilhou pouco. O time fez um bela campanha no Paulista daquele ano, perdendo apenas um jogo, nas semifinais, para o Bragantino, sendo eliminado.

No mesmo ano, transferiu-se para o Corinthians junto com o lateral-esquerdo Denys. O time alvinegro mandou para o rival o lateral-esquerdo Dida e o meia Ribamar. Ao chegar ao Parque São Jorge, porém, a carreira de Neto finalmente deslanchou.

Defendeu o Corinthians em dois períodos: entre 1989 e 1993 e entre 1996 e 97. Em um total de 227 partidas (104 vitórias, 74 empates, 49 derrotas), Neto anotou 84 gols.

Campeonato Brasileiro de 1990


Neto foi o principal jogador do Corinthians na conquista do primeiro título brasileiro de clube. O time do Corinthians era tecnicamente limitado. Os destaques, além de Neto, eram o goleiro Ronaldo e o zagueiro Marcelo Djian (dois pratas-da-casa). A equipe contava na determinação de jogadores como Márcio Bittencourt, Wilson Mano, Fabinho e Tupãzinho, além de atletas oriundos da categoria de base, como Dinei.

Depois de uma campanha irregular na primeira fase, o time ficou com a penúltima vaga para as oitavas-de-final. Iria enfrentar o o segundo melhor time do Campeonato até então, o Atlético-MG. Foi quando Neto fez valer sua condição de líder e craque do time. Na partida de ida, numa noite de sábado, 24 de novembro, no Pacaembu.

Os mineiros saíram na frente logo aos 15 minutos do primeiro tempo, com Gérson. Tudo indicava que seria um desastre para o Corinthians. O placar seguiu inalterado até os 30 minutos da etapa final, quando Neto empatou. E aos 40 minutos, ele, de novo, marcou e sacramentou a virada por 2 x 1. No Mineirão, o time segurou o empate por 0 a 0 e foi para a semifinal.

Era a vez de enfrentar o Bahia, campeão de 1988 e vivendo uma fase esplendorosa. No dia 5 de dezembro, numa quarta-feira em que a chuva castigou um Pacaembu absolutamente lotado, com 40 mil pessoas dentro e mais 40 mil pessoas do lado de fora, a história se repetiu. O Bahia saiu na frente, aos dois minutos de partida, com Vágner Basílio. Paulo Rodrigues, contra, empatou para o Corinthians. E aos 25 minutos do 2º tempo, Neto, de falta, fez o gol da virada. No jogo de volta, três dias depois, na Fonte Nova, em Salvador, o Corinthians mais uma vez segurou o empate por 0 a 0.

A final seria contra o então vice-campeão brasileiro São Paulo, treinado por Telê Santana e com um elenco muito superior. O Corinthians dependia de Neto e da determinação dos outros jogadores, e ele correspondeu: logo aos 4 minutos do primeiro jogo, com público de 85.000 pagantes e muita chuva, ele cobrou uma falta e deixou Wilson Mano livre para fazer 1 a 0. No jogo de volta, com forte calor, público pagante superior a 100.000 pessoas e com o Estádio do Morumbi tendo 85% das suas depêndencias ocupado pela Nação Corintiana, marcado, Neto limitou-se a jogar para o time e saiu campeão: 1 a 0, gol de Tupãzinho. Festa para Neto, para o Corinthians e para toda a gigantesca e fervorosa Fiel Torcida.

Em 1991, conquistou com o Corinthians, o título da Supercopa do Brasil (competição que reunia o campeão brasileiro e o campeão da Copa do Brasil do ano anterior). O título foi conquistado em um confronto contra o Flamengo, com o time corintiano vencendo por 1 x 0, gol de Neto.

Em 1991, também protagonizou um caso polêmico ao cuspir no rosto de um árbitro durante uma partida contra o Palmeiras.

A fase pós-Corinthians

Neto deixou o Corinthians em 1993, após a perda do Campeonato Paulista daquele ano para o Palmeiras. Se transferindo para o Milionários, da Colômbia. Ficou pouco. Em 1994, voltou ao Brasil, contratado pelo Santos, tornado-se assim um dos poucos jogadores a atuar pelos quatro maiores clubes do Estado de São Paulo.

O meia, contudo, nunca mais conseguiu repetir o sucesso que alcançou no Parque São Jorge. Começou a trocar de clube constantemente e, mesmo marcando alguns gols, sua carreira continuava em decadência.

Voltou ao Corinthians em 1996 e conquistou o Campeonato Paulista de 1997, novamente contra o São Paulo FC. Nessa conquista, porém, Neto já não era mais titular do time e mal era aproveitado nas partidas.

O próprio Neto, porém, reconhece que não era um atleta com grandes condições físicas. "Eu era boleiro, não atleta", costuma dizer. Sempre teve problemas para controlar o peso e sofria com freqüentes problemas no tornozelo, o que o levou a encerrar relativamente jovem, com 33 anos, em 1998.

Seleção Brasileira

A primeira passagem de destaque de Neto pela Seleção Brasileira foi em 1988, conquistando a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Seul, ao lado de jogadores como Romário e Taffarel.

Após brilhar no Campeonato Brasileiro de 1990, Neto era considerado o principal jogador em atividade no País e foi convocado para a Seleção Brasileira pelo técnico Paulo Roberto Falcão, que assumiu a equipe após o vexame na Copa da Itália em 1990. Na estréia, com Neto ervergando a camisa 10, o time toma um passeio da Espanha: 3 a 0.

Após um empate sem gols contra o Chile, o terceiro jogo daquela equipe foi a partida comemorativa dos 50 anos do Rei Pelé, em 1991. Neto substituiu o Rei no intervalo e marcou, de falta, em pleno estádio San Siro, em Milão, o gol da Seleção Brasileira na derrota por 2 a 1 contra a Seleção do Mundo.

A Seleção renovada demorou nove meses para vencer um jogo. Nos empates e derrotas, contudo, Neto se destacava como artilheiro do time.

Após mais dois empates por 0 x 0 (contra Chile e México) o Brasil voltou a marcar em outro empate: 1 x 1 com o Paraguai. Novamente com gol de Neto.

A primeira vitória sob o comando de Falcão foi sobre a Romênia, 1 x 0, gol do volante Moacir, ex-Atlético-MG e Corintians, após cobrança de escanteio de Neto. No jogo seguinte, vitória por 3 x 0 sobre a Bulgária, Neto fez dois. Em amistoso contra a Argentina, no Paraná, Neto também fez o gol do empate por 1 x 1.

Na Copa América de 1991, no Chile, vitória na estréia por 2 x 1. Neto fez o dele. Foi o único gol dele na campanha desastrosa, que culminou com a queda de Falcão e, consequentemente, o fim do ciclo de Neto com a camisa "Amarelinha".

No total, Neto atuou pela Seleção Brasileira em 26 partidas, marcando sete gols.


Como comentarista esportivo


Após o término de sua carreira como jogador, Neto ficou inativo por algum tempo, até ser contratado pela Rede Bandeirantes para a função de comentarista de futebol. Está trabalhando na Band até hoje, além da emissora principal, também no Bandsports (canal fechado), e na rádio Bandeirantes .

Polêmicas


Com estilo polêmico, teve diversos problemas na carreira. O maior deles foi a não-convocação, dada como certa, para a Copa do Mundo da Itália, em 1990. O fato é ironizado pelo ex-atleta até hoje.

Antes disso, ainda no Palmeiras, Neto entrou em atrito com o então técnico do clube, Emerson Leão, que não aceitava a falta de forma física do meia e o colocou para treinar em separado, ao lado de outros "gordinhos". A atitude revoltou Neto.

O fato, contudo, que mais marcou negativamente sua carreira foi a cusparada que deu na cara do árbitro José Aparecido de Oliveira, na partida em que o Corinthians perdeu para o Palmeiras, no Morumbi, em 13 de outubro de 1991, pelo Campeonato Paulista.

Pelo ato, Neto foi suspenso por quatro meses.

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