quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Super Hot Dog da USP .

Super Dog Duplo com tudo e mais um pouco .  fantastico .
Sr. Antonio e o Gerson   à frente do negócio a  mais de  30  anos .



http://batataepepino.wordpress.com/tag/super-hot-dog/





Alunos da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ). no Super Dog.
Equipe do Programa Práticas Educativas em Segurança dos Alimentos (PESA)   em visita técnica ao Super Dog   ,foto Jéssika Morandi.



fea  usp  super hot dog  httpwww.erudito.fea.usp.brccintestrangeiros2005-2.htm


Super Hot Dog da USP

http://comendonausp.blogspot.com/2010/05/super-hot-dog-da-coseas.html




 http://veja.abril.com.br/especiais/comida/sp_2002/comidinhas_cachorros.html




































 Não  tem  igual ,  podem  citar  New York ,  Berlin  ,  nem  se  compara ,  sabor  realmente  singular .

Desde  o  inicio  dos  anos  80  o  melhor ,  gerações  de  alunos  , professores  ,  funcionários e  visitantes  provaram  o  Super Hot Dog  da  USP  ,  que  inclusive  no  exterior  qundo  amigos  se encontram  ele  é  lembrado .

Com  muitos  premios ,  troféus ,  a mais  de  30  anos na  USP  SP  ,  tem  de ser  bom  mesmo ,    garanto  que  após  você  provar  o  Super Hot Dog  da  USP   ,  você  irá  rever  seus  conceitos  sobre   Hot Dog  .

A  USP pode não  ter  nenhum  premio  Nobel ,  mas tem o  melhor  Hot Dog   do  mundo .
Antônio Custódio da Silva, é quase uma lenda na Cidade Universitária, no Butantã. Ele é o dono, há anos, da barraquinha Super Hot Dog, dentro do câmpus, que já conquistou o paladar e a amizade de diversas gerações de estudantes. Hoje, Antônio já está com sua 3ª Kombi e seu 5º carrinho, e conta com a ajuda do filho, Gerson .

Há quem diga que é o melhor cachorro-quente de barraquinha de São Paulo. E deve ser mesmo. Se não pelo lanche, não há como não se deliciar com as histórias que Antônio tem para contar.

Sua saga com a barraquinha começou quando perdeu o emprego de metalúrgico que tinha na Ultragaz. Na época, sem muito dinheiro para iniciar um grande negócio e sem perspectivas de outro emprego, Antônio aproveitou a experiência que já havia tido como padeiro, e comprou sua primeira barraquinha.

"Comecei fora da USP, e a cada dia descobria que nem sabia fazer cachorro-quente - os clientes foram me ensinando", conta Antônio. "No mesmo ano, fui fazer um pedido para a diretoria da USP deixar eu entrar com o carrinho no câmpus. Eles gostaram da minha conversa e deixaram".

Mesmo que antes fosse "bem sem-vergonha" - como ele mesmo define -, o sanduíche de Antônio foi se aprimorando e conquistando sua clientela. "Algumas mudanças foram dicas de freguês, outras eu mesmo passei a fazer, como a batata-palha, o queijo catupiry, e o azeite no vinagrete no lugar do óleo", diz ele, reinvindicando a criação desses acompanhamentos infalíveis em qualquer cachorro-quente atual.

Muitos que passam pela USP não conseguem esquecer o sanduíche. Antônio conta que ex-estudantes bolivianos, argentinos e até alemães durante sua estadia no Brasil chegaram a passar pela USP, depois de formados, só para relembrar o cachorro-quente.Com uma jaopnesa, houve um caso parecido: ela esteve hospedada na casa de uma estudante, e se tornou frequesa de Antônio. Voltou para seu país lamentando a perda, e escreveu suas saudades numa carta. "Ela dizia que se tivesse o hot dog da USP lá, seria perfeito", conta.

O estudante de letras Alexandre de Oliveira Barbosa, 30 anos, estava em plena sexta-feira de greve no câmpus, papeando com Antônio. "O cachorro-quente é dos melhores que já comi, os ingredientes são todos muito gostosos. Mas fiz uma grande amizade com seu Antônio, e gosto de vir aqui ouvir suas histórias sobre o interior de Minas Gerais", diz Barbosa. Antônio é da cidade de Nepomuceno, e guarda de lá aquele jeito mineiro acolhedor e simpático. Até um João de Barro tomou como hábito as visitas ao Super Hot Dog. Sem medo, o passarinho já sabe que todas as tardes pode se aproximar do carrinho do alegre senhor, e contar com uma carinhosa porção de pão e purê.







Opinião  de    consumidor .   ....



"Todos que me conhecem pessoalmente sabem que eu adoro experimentar novos pratos e novos restaurantes. Não me considero um gourmet, muito pelo contrário, sou apenas um ser humano que gosta de comer.

Adoro entrar em restaurantes desconhecidos, principalmente étnicos e regionais, para deixar que o garçom escolha meus pratos e não tenho vergonha em perguntar qual é a forma correta de apreciar cada prato. Este tipo de abordagem já me rendeu boas conversas e ótimos pratos.

Mas o assunto de hoje não é o novo e sim o velho. Talvez a palavra “velho” não seja o mais adequado. Prefiro pensar em “nostálgico”.

Ontem, como em outros anos, abri a revista Veja São Paulo e me deparei com a edição que lista os melhores restaurantes e bares da cidade. Confesso que todos os anos eu torço por um lugar em especial. Não é um restaurante badalado, não é um restaurante sofisticado e nem é um templo da gastronomia moderna.

Eu torço fervorosamente, anos após ano, por uma barraquinha de rua que serve cachorro quente. O Super Hot Dog da USP que eu freqüento desde 1986. E para minha felicidade, mais uma vez ele estava lá.

Sempre achei que ficar lembrando o ano em que cada evento acontece era papo de velho, mas, no meu caso, 1986 é um ano fácil para eu lembrar. Ano em que cursava o segundo colegial, ano de prestar vestibular como pára-quedista e começar de definir meu futuro.

Foi um amigo chamado Roberto que nos apresentou a barraquinha. Ela já era famosa desde aquela época e serviu de desculpa para conhecermos o campus em que sonhávamos estudar. Pegamos um ônibus que nos levou do bairro do Paraíso até a Cidade Universitária. Um longo de trajeto de mais de uma hora, em uma época em que o trânsito nem chegava perto da loucura que é hoje.

O sanduíche era enorme e seu Antônio o cortava o pão de forma diferente. O corte era feita na parte de cima e não deitado, como é tradicional. Lembro que Roberto era um cara de bom coração, mas muito desastrado. Derrubou o sanduíche e se sujou todo, tirando gargalhadas de todos nós. Que saudades deste tempo em que tudo era engraçado.

Comemos nossos hot-dogs pensando nas incertezas do futuro. Será que passaríamos no vestibular? Será que nossas amizades sobreviveriam à separação para cursarmos carreiras diferentes? Será que seríamos alguém na vida?

Daquele dia até ontem, vinte e três anos se passaram. A maioria de nós conseguiu passar na USP, alguns formaram rapidinhos e outros demoraram mais. Alguns voltaram para fazer especializações, mestrados e doutorados. Outros entraram de cabeça no mercado e se deram muito bem.

As amizades não resistiram muito bem ao tempo. Confesso que nomes e rostos se confundem no ambiente esfumaçado da minha memória, mas lembro dos sentimentos de amizade, de esperança no futuro e a sensação de que o mundo era nosso e só precisava ser descoberto.

E, na minha vida, a barraquinha de cachorro quente se tornou uma espécie de portal para o passado. Quando tenho chance, aproveitando alguma reunião na região, dou uma desviada e ainda almoço na mesma barraquinha. Seu Antonio não monta mais os sanduíches, mas seu filho continua a tradição, com uma pequena diferença: o pão não é mais cortado na parte superior. Dou-me a liberdade de imaginar que talvez seja em respeito ao pai.

Enquanto almoço, relembro do passado. De quem eu fui e nas coisas em que acreditava. Faço um balanço de minha vida e aproveito para agradecer o que a vida me proporcionou.

E que venham muitos hot-dogs cheios de sabor."

Origem do  texto  :   Diário da maionese

http://diariodamaionese.blogspot.com/2009/09/super-hot-dog-da-usp.html


Qype: Super Hot-Dog USP em São Paulo
Sao Paulo

Realmente, essa Kombi que está ao lado do estádio da USP há uns bons 20 anos serve o melhor hot-dog de São Paulo, na opinião minha e de muita gente. Quem atende é o seu Antonio e seu filho Gerson, que pela agilidade no preparo do dog ganhou o apelido de “robocop”.

O lanche em si é simples, mas é tudo feito com carinho e qualidade. A salsicha é sadia, o vinagrete e o purê são deliciosos, caseiros, o purê é um espetáculo a parte, parece que foi feito pela sua mãe. A batata palha vai por baixo, e o purê sela o conteúdo, então não fica tudo caindo quando você come.

E o melhor, é tudo muito limpinho, higiênico e fresco. Dá pra comer sem medo e se deliciar. O Super Hot Dog, com duas salsichas e complementado com catupiry, sai por R$ 4,50. Não é o dog mais barato que você achar, mas a qualidade vale cada centavo! Recomendado para os lariqueiros que estão passando pela USP.
Veja mais resenhas de Super Hot-Dog USP – Eu sou Pnoviello – em Qype



Origem do  texto  : sp lado b
http://spladob.wordpress.com/2009/02/20/qype-super-hot-dog-usp-em-sao-paulo/





Na cidade de São Paulo, no estado homônimo, um dos mais famosos é o "cachorro-quente da USP", vendido por uma carrocinha  no campus. Merece destaque o "Super Hot Dog da USP". Nessa barraquinha um cachorro-quente é produzido em menos de trinta segundos com maionese, mostarda, katchup, milho, ervilha,  batata palha e purê de batata que é utilizado como "blindante" do sanduíche, cuja aparência final é a de uma bola de futebol americano comestível.




Origem do  texto  :
http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20090511171137AA6Vgcz

terça-feira, 29 de novembro de 2011

ADHEMAR DE BARROS - Para a Frente e Para o Alto!





Adhemar de Barros  com a esposa, Leonor Mendes de Barros, na varanda do Palácio dos Campos Elíseos, então residência oficial do governador, em 1947. Ao fundo, a torre da Estação Júlio Prestes. 






Adhemar Pereira de Barros (Piracicaba, 22 de abril de 1901 — Paris, 12 de março de 1969) foi um aviador, médico, empresário e influente político brasileiro entre as décadas de 1930 e 1960.

Pertencente a uma família de tradicionais cafeicultores de São Manuel, no interior do estado de São Paulo, foi prefeito da cidade de São Paulo (1957 — 1961), interventor federal (1938 — 1941) e duas vezes governador de São Paulo (1947 — 1951 e 1963 — 1966). Seus seguidores, até hoje existentes, são chamados de ademaristas.

Concorreu à presidência da república do Brasil em 1955 e em 1960, conquistando, nestas duas eleições, o terceiro lugar. Os bairros paulistanos Cidade Ademar e Jardim Ademar de Barros e a rodovia paulista Rodovia Adhemar de Barros são nomeados em sua homenagem.

Formação acadêmica e a Revolução de 1932

Formou-se em medicina em 1923 pela Escola Nacional de Medicina, (atualmente pertencente à Universidade Federal do Rio de Janeiro). Fez especialização no Instituto Oswaldo Cruz. Estudou nos Estados Unidos e fez residência médica em várias cidades européias, onde se tornou aviador, retornando ao Brasil em 1926. Poliglota, Ademar era fluente em alemão, francês, inglês e espanhol.

Em 6 de abril de 1927 casou com Leonor Mendes de Barros, com quem teve quatro filhos: Maria Helena Saad, Ademar Filho, Maria (a Mariazinha) e Antônio (já falecido).

Clinicou até 1932 quando se engajou nas fileiras da Revolução Constitucionalista de 1932, como grande parte dos jovens paulistas de sua época. Com a derrota do movimento constitucionalista de 1932 exilou-se no Paraguai, onde se alistou como médico na Guerra do Chaco, e na Argentina. Nos seus governos sempre procurou beneficiar os ex-combatentes de 1932 com pensões e homenagens, tendo, em 1947, iniciado a construção do Monumento do Soldado Constitucionalista, em São Paulo.

Sobre o movimento de 1932, Ademar discursou, em Santos, em 1934:

“São Paulo levantou-se em armas em 9 de julho de 1932 para livrar o Brasil de um governo que se apossaria de sua direção por efeito de uma revolução… e se perpetuava indefinidamente no poder, esmagando os direitos de um povo livre.. e que trazia o sempre glorioso São Paulo debaixo de das botas e o chicote do senhor!”

Vida pública

Primeiros passos

Foi lançado na política partidária por um tio, que fora senador estadual na República Velha, José Augusto Pereira de Resende, chefe político do Partido Republicano Paulista (PRP) da região de Botucatu.

Em 1934 elegeu-se deputado estadual constituinte pelo PRP, fazendo forte oposição ao governador Armando de Sales Oliveira, denunciando principalmente desmandos na administração do Instituto Butantã na gestão daquele governador. A nova constituição de São Paulo foi promulgada em 9 de julho de 1935.

Quando deputado estadual defendeu a cultura do café, apoiou o candidato José Américo de Almeida, que disputava contra Armando de Sales Oliveira, a presidência da república, nas eleições que deveriam ocorrer em janeiro de 1938. Defendeu presos políticos, entre eles Caio Prado Júnior, e fez oposição ao governo federal de Getúlio Vargas.

Foi deputado estadual até 10 de novembro de 1937, quando Getúlio deu o golpe do Estado Novo e fechou todas as casas legislativas do Brasil.

Interventor federal (1938 – 1941)

Durante o Estado Novo foi nomeado interventor federal no estado de São Paulo pelo então presidente Getúlio Vargas, recomendado por Benedito Valadares e Filinto Müller. Governou São Paulo, como interventor, de 27 de abril de 1938 a 4 de junho de 1941.

Inaugurou, neste seu primeiro governo, as visitas frequentes às pequenas cidades do interior do estado, antes ignoradas pelos governadores. Foram 58 cidades do interior visitadas por Ademar somente nos dois primeiros anos da interventoria, inclusive visitando, em 1939, no extremo oeste do estado, em Andradina, o Rei do Gado, Antônio Joaquim de Moura Andrade.

Cabia a Adhemar, como interventor, nomear todos os prefeitos do estado, através do “Departamento das Municipalidades” que prestava assessoria às prefeituras. Ademar preferiu nomear jovens técnicos para as prefeituras, renovando o quadro político de São Paulo e preterindo os políticos do antigo PRP.

Iniciou, em 1939, a construção do Edifício Altino Arantes, sede do Banco do Estado de São Paulo, que foi inaugurado por Adhemar em 1949, no seu segundo governo. Iniciou a construção do atual edifício-sede da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo.

Cria e organiza em 5 de dezembro de 1938, pelo Decreto estadual 9.789, a Casa de Detenção de São Paulo, extinguindo a Cadeia Pública e o Presídio Político da Capital. Este decreto previa a separação de réus primários dos presos reincidentes e a separação dos presos pela natureza do delito. Iniciou em 1940 a construção das atuais dependências da Academia de Polícia Militar do Barro Branco.

Iniciou, em 1939, as obras da Rodovia Anchieta, a primeira rodovia brasileira com túneis. Iniciou as obras da Rodovia Anhanguera em 1940. Ambas as rodovias seriam duplicadas no seu primeiro mandato como governador (1947-1951). Ampliou o Aeroporto de Congonhas. Iniciou a retificação do Rio Tietê. Iniciou a construção do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo e do Hospital e Maternidade Leonor Mendes de Barros. Construiu no complexo do Hospital do Mandaqui, um hospital para portadores do pênfigo foliáceo, (fogo selvagem), doença que não recebia, na época, nenhuma assistência.

Para dar impulso às grandes rodovias, reformou o DER, Departamento de Estradas de Rodagem, e criou, nele, um setor especializado nos grandes empreendimentos rodoviários, pelo Decreto estadual n° 10.235, de 30 de maio de 1939, a “Comissão Especial para Construção de Estradas de Rodagem de Alta Classe”.

As escolas estaduais, mesmo as rurais, recebiam, no tempo da interventoria, material escolar para as crianças.

Iniciou a eletrificação da Estrada de Ferro Sorocabana e terminou a Estação Júlio Prestes daquela ferrovia. Iniciou o prolongamento da Estrada de Ferro Araraquara de Mirassol a Santa Fé do Sul, que foi decisivo para o povoamento daquela região, a Alta Araraquarense, na década de 1940. O plano de Ademar era estender a Araraquarense até Cuiabá.

Construiu o Estádio do Pacaembu, em parceria com o então prefeito de São Paulo Prestes Maia, para ser utilizado na Copa do Mundo de 1942, a qual acabou não acontecendo devido à Segunda Guerra Mundial. Também, em parceria com Prestes Maia, realizou o Plano de Avenidas de São Paulo, inaugurando, em 1938, com a presença de Getúlio Vargas, o túnel da Avenida 9 de Julho.

Construiu e entregou o primeiro autódromo brasileiro, Interlagos. Organizou o Instituto de Previdência do Estado de São Paulo.

Em 1940, confiscou o jornal O Estado de S. Paulo, pertencente à família Mesquita e ao seu desafeto político Armando de Salles Oliveira. O jornal só foi devolvido aos seus proprietários em 1945.

Foi acusado de corrupção, e exonerado do cargo de interventor federal pelo presidente Getúlio Vargas, em 1941, mas conseguiu provar sua inocência no Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, em 1946, no processo 001/1946.

1945 – 1951: o PSP e o primeiro mandato como governador

Em 1945, foi permitida novamente a existência de partidos políticos, os quais haviam sido extintos em 1937. Ademar se filiou à UDN e apoiou o brigadeiro Eduardo Gomes para presidente da república nas eleições de 2 de dezembro de 1945.

Ademar, porém, logo se afastou da UDN e, em 1946, fundou o Partido Republicano Progressista (PRP) que pouco depois se fundiu com o Partido Popular Sindicalista e com o Partido Agrário Nacional, formando o Partido Social Progressista (PSP).

O PSP se tornou o maior partido político de São Paulo do período de 1946 a 1965, e o único partido político com diretórios em todos os municípios do estado de São Paulo.

Com o retorno de Armando Sales de Oliveira, do exílio, em 1945, Ademar tentou se reconciliar com ele, porém não conseguiu por recusa da família de Armando Sales.

Foi eleito governador, em 19 de janeiro de 1947, derrotando Mário Tavares e Hugo Borghi. Governou São Paulo de 14 de março de 1947 até 31 de janeiro de 1951. A Coligação PSP – PCB de Ademar obteve 393 mil votos. Hugo Borghi teve 340 mil votos e Mário Tavares, da coligação PSD – PR, obteve 289 mil votos. A coligação do PSP com o PCB causou protestos entre os membros da Igreja Católica paulista.

Neste período tiveram continuidade importantes obras iniciadas em sua época de interventor, como a construção da segunda pista da Rodovia Anhanguera e a segunda pista da Rodovia Anchieta, ambas pavimentadas e que se tornaram as duas primeiras rodovias brasileiras de pista dupla. As rodovias Anhanguera e Anchieta foram as primeiras rodovias brasileiras com duas faixas de rolamento de cada lado. Adhemar seguiu uma tradição de antigos governantes paulistas, como Washington Luís, que dizia que: “Governar é abrir estradas”.

A pavimentação de estradas, com asfalto e concreto, uma inovação na época, feita por Ademar, era malvista e criticada por muitos políticos, que a consideravam um processo muito caro. Muitos políticos da época entendiam que os recursos públicos estariam mais  empregados se fossem usados na construção de novas estradas de terra e na manutenção e conservação das estradas de terra já existentes.

Seu lema era “São Paulo não pode parar”, que tempos depois seria reiterado por Paulo Maluf. Este lema tornou-se ideal da maioria dos políticos de São Paulo, a tal ponto que, em 1973, o então prefeito de São Paulo, e ex-secretário de obras de Ademar, José Carlos de Figueiredo Ferraz, foi exonerado pelo governador Laudo Natel por ter dito que São Paulo tinha que parar de crescer.

Neste seu segundo governo estadual, o prefeito da capital paulista era de livre nomeação do governador do estado, o que fez com que Ademar controlasse também a prefeitura de São Paulo. Em 1947, Ademar nomeou para a prefeitura de São Paulo, Paulo Lauro que foi o primeiro negro a ocupar o cargo de prefeito da capital paulista.

Cria o Plano Hidrelétrico de São Paulo, base da atual infra-estrutura energética de São Paulo. Este plano foi convertido em lei, em 1955. Cria o Ceasa, Centrais de Abastecimento de São Paulo, para distribuição de alimentos no atacado, administrado atualmente pela Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP).

É criada, depois de uma violenta greve nos transportes na capital, a Companhia Municipal de Transportes Coletivos (CMTC), empresa estatal de linhas de ônibus urbanos, em 1947.

É inaugurado o Museu de Arte de São Paulo (MASP) em 1948. É instalada em 1949, na capital paulista, a primeira linha de trólebus do Brasil. É inaugurada a TV Tupi em 1950. Inaugurado, em 1951, a rodovia Presidente Dutra, na época chamada de BR-2, rodovia duplicada apenas em um pequeno trecho de São Paulo até Guarulhos, obra iniciada por Ademar em 1947.

Investindo muito em sanatórios, Ademar torna Campos do Jordão um centro nacional de tratamento da tuberculose. Os sanatórios eram importantes naquela época porque não havia ainda a vacina BCG contra a tuberculose. Ao assumir o governo, Ademar encontrou deficientes mentais misturados aos presos nas cadeias de São Paulo, e os transferiu para hospitais psiquiátricos. Somente no início de 1947, foram transferidos 947 doentes. Criou a FEBEM, Fundação para o Bem-Estar do Menor, e a Campanha do Agasalho.

Foram desapropriados imóveis e executados projetos para a construção da cidade universitária da USP. Criada a FAU da USP. Através da Lei Estadual nº 161, de 24 de setembro de 1948, leva a USP para o interior de São Paulo, criando, entre outras, a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, e a Escola de Engenharia de São Carlos, (por intermédio do deputado federal Miguel Petrilli, cuja base eleitoral era São Carlos), que deu origem do Pólo Tecnológico de São Carlos.

Oficializou o Palácio do Horto Florestal de São Paulo como residência de verão do governador do estado. Criou, em 1948, o salário-família para o funcionalismo público estadual. Iniciou a construção do Aeroporto de Viracopos que foi terminado no seu segundo mandato como governador.

Criou, em 10 de janeiro de 1948, a Polícia Rodoviária do Estado de São Paulo, pelo decreto estadual nº 17.868, composta inicialmente por 60 ex-pracinhas da Força Expedicionária Brasileira (FEB). A Polícia Rodoviária de São Paulo foi popularizada, na década de 1960, através do programa Vigilante Rodoviário da TV Tupi.

Criou, em 14 de dezembro de 1949, pelo decreto estadual n° 19.008-A, a primeira Polícia Ambiental da América do Sul. Criou, em 16 de agosto de 1950, pelo Boletim Geral nº 182, a Delegacia da Polícia Militar, atual Corregedoria da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

Acusado de corrupção na Estrada de Ferro Sorocabana e em obras viárias, por deputados estaduais, entre eles Caio Prado Júnior do PCB, fez sua defesa, na Assembléia Legislativa de São Paulo, o seu secretário de viação e obras públicas, Caio Dias Baptista, em 19 de janeiro de 1948, o qual qualificou de caluniosas as acusações.

Às vezes agia diretamente no plano social, como quando recebeu, no Palácio do Governo, segundo depoimento da senhora Irene Silveira, de Penápolis, ela e seu marido, que eram pais de uma menina que sofria de hidrocefalia e ordenou pessoalmente exames e tratamentos nos hospitais públicos. Também enviava, junto com a primeira-dama paulista Dona Leonor Mendes de Barros, cartas, agasalhos e presentes para os pacientes dos sanatórios que construiu. Em 1947, Ademar terminou o balneário de águas terapêuticas de Ibirá, cujas obras, iniciadas por particulares, estavam paralisadas.

Em 1950, Ademar não se candidatou à presidência. E deu seu apoio, como governador, ao candidato Getúlio Vargas, o que foi decisivo para a eleição direta de Getúlio à Presidência da República em 3 de outubro daquele ano. Getúlio teve, em São Paulo, 25% do total de seus votos. Ademar esperava que, em contrapartida, Getúlio o apoiasse nas eleições presidenciais de 1955.

Outro motivo de Ademar não se candidatar à presidência, em 1950, era que teria que deixar o governo de São Paulo com seu vice-governador e adversário político Luís Gonzaga Novelli Júnior, genro do presidente Eurico Dutra.

Ademar conseguiu eleger como seu sucessor, em 1950, o engenheiro Lucas Nogueira Garcez, que governou São Paulo de 1951 a 1955. Durante seu governo, Lucas Garcez rompeu politicamente com Ademar, não o apoiando na sua tentativa de voltar ao governo de São Paulo, nas eleições de 1954, as quais foram vencidas por Jânio Quadros.

Derrotas sucessivas, prefeito da cidade de São Paulo

Em 1954, Ademar foi candidato derrotado ao governo do estado de São Paulo. Jânio Quadros foi o eleito, com 18 mil votos a mais que Ademar. Em 1955, candidatou-se à presidência da república pelo PSP, sendo novamente derrotado. O presidente da república Café Filho, que também era do PSP, não apoiou Ademar. Juscelino Kubitschek foi eleito presidente.

Acusado de corrupção pelo “Caso dos Chevrolet”, exilou-se, pela segunda vez, no Paraguai e na Bolívia. Inocentado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, voltou ao Brasil. O promotor público deste caso foi o jurista Hélio Bicudo.

Em 24 de março de 1957, Ademar foi eleito prefeito da cidade de São Paulo, derrotando Francisco Prestes Maia. Foi eleito para o mandato de 1957 a 1961, sucedendo o prefeito Vladimir de Toledo Piza.

Governou a cidade de São Paulo de 8 de abril de 1957 até 7 de abril de 1961, em uma época que a cidade de São Paulo era chamada de “a cidade que mais cresce no mundo”.

Encontrou a prefeitura de São Paulo com grande déficit orçamentário e excesso de funcionários. Ademar demitiu funcionários públicos e recuperou as finanças da prefeitura de São Paulo. Também foram destaques nesta gestão de Ademar na prefeitura de São Paulo:

-O seu secretariado formado por nomes como Amador Aguiar, José Carlos de Figueiredo Ferraz e Goffredo da Silva Telles Júnior.

-O plano tapa-buracos e a ampliação de avenidas.

-A reforma da Biblioteca Municipal Mário de Andrade.

-A construção de um pequeno túnel no Vale do Anhangabaú, no cruzamento com a Avenida São João – o Buraco do Ademar.

-A visita de Fidel Castro, em 1958, pedindo apoio à Revolução Cubana.

-A inauguração da Ponte aérea Rio-São Paulo em 6 de julho de 1959.

-A Construção da Estação Rodoviária de São Paulo pelos empresários Carlos Caldeira Filho e Octávio Frias de Oliveira, inaugurada em 1961 e desativada em 1981.

-Ademar tentou iniciar a construção de um Metrô na capital paulista, mas, teve que desistir por falta de apoio dos governos estadual e federal.

-Em 1958, afastou-se do cargo de prefeito, e candidatou-se novamente ao governo do estado de São Paulo, sendo derrotado por Carvalho Pinto, que tinha o apoio de Jânio Quadros.

Em 1960, licenciou-se, novamente da prefeitura de São Paulo para concorrer novamente à presidência da república, quando foi novamente derrotado. Jânio Quadros foi o eleito. Intitulando sua postulação como “candidatura de protesto”, obteve o terceiro lugar, com 20% dos votos válidos. E assim, definiu sua campanha à presidência da república, que disputou contra Jânio Quadros e o Marechal Henrique Teixeira Lott:

“Eu protesto contra a deturpação do regime. Se não vamos entrar numa guerra, para que espada? Se não vamos fazer ditadura, mas democracia, para que precisamos do ódio, da vingança, das perseguições e do juízo final, a que se propõe o homem da vassoura? “Entre a Força do Mal e o Mal da Força”, simbolizados na vassoura e na espada, eu sou o caminho. O caminho da Democracia, da Verdade e do Entendimento, simbolizado num “salva-vidas” que é o de que a Nação anda precisando neste caos em que se debate!

Em 1961, após a renúncia de Jânio Quadros à presidência da república, foi um dos poucos políticos a apoiar o movimento a favor da posse de João Goulart na presidência. Em 1962, concorre ao governo do estado novamente e é eleito.

1963 – 1966: o segundo mandato como governador

Foi eleito, em 1962, pela segunda vez, governador de São Paulo, derrotando Jânio Quadros, com 20 mil votos de diferença, os quais foram obtidos nas pequenas cidades do interior de São Paulo, que Jânio se recusou a visitar, alegando que não precisava de seus votos.

Sucedeu, em 31 de janeiro de 1963, o governador Carvalho Pinto, para governar até 31 de janeiro de 1967, porém governou somente até 6 de junho de 1966.

Ademar voltou a governar em parceria com Prestes Maia que novamente era prefeito de São Paulo (1961-1965). Prestes Maia fora prefeito de São Paulo quando Ademar era interventor no estado de São Paulo (1938-1941).

No início do governo, em 2 de abril de 1964, lançou a Aliança Brasileira para o Progresso, visando incentivar o desenvolvimento econômico através de planejamento e financiamento à ciência e à tecnologia.

Ademar recebeu o presidente Charles de Gaulle, em 1964, em sua visita ao Brasil, visita esta sugerida por Ademar quando este visitou De Gaulle em 1961 em Paris.

No segundo mandato focou a construção de usinas hidrelétricas, sanatórios e hospitais, iniciando as seguintes obras e medidas administrativas:

-Projeto básico do Metrô de São Paulo, criação da comissão encarregada do projeto do Metrô e a liberação de recursos, em 12 de fevereiro de 1963, para o início das obras do Metrô. Ademar disse, no discurso de lançamento do Metrô paulistano, que desconsiderou os conselhos de seus assessores técnicos que não queriam que, em São Paulo, se construísse um Metrô por considerarem muito cara a sua construção.

-Início da construção da maior usina hidrelétrica paulista: a Usina hidrelétrica de Ilha Solteira e a Usina hidrelétrica de Jupiá, em 1965.

-Elaboração dos planos de unificação das companhias hidrelétricas paulistas para a criação da CESP, o que foi implementado pelo seu sucessor, Laudo Natel.

-Criou a “Comissão para Obras Especiais”, responsável pelos grandes empreendimentos rodoviários.

-Rodovia do Oeste, atual Rodovia Castelo Branco, obra considerada, na época, pelos seus adversários, como sendo: “Outra loucura do Ademar, cara e desnecessária”.

A Rodovia Castelo Branco foi, na sua época, a maior obra viária da América Latina, a primeira rodovia brasileira com 3 faixas de rolamento de cada lado e a primeira rodovia brasileira a usar faixas pintadas refletivas.

-A Faculdade de Medicina de Campinas, que daria origem à implantação da Unicamp nos governos seguintes de Laudo Natel e Abreu Sodré. Em 19 de março de 1964 é doado ao Estado de São Paulo, 25 alqueires da Fazenda Santa Cândida, em Campinas, para formação do campus da Unicamp. Ademar nomeou, em 1965, a Comissão Organizadora da Unicamp presidida por Zeferino Vaz que foi o responsável pela implantação da Unicamp.

-Construção da residência oficial de inverno do governador, o Palácio Boa Vista, em Campos do Jordão. Esta obra fora iniciada na interventoria de Ademar em São Paulo (1938-1941).

-Construção do balneário de Águas de Santa Bárbara.

-Criação do Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo para gerir os aeroportos estaduais.

-Criação das regiões administrativas do estado de São Paulo.

-Início da construção do Instituto do Coração de São Paulo.

-Transferência da sede do governo do estado de São Paulo do Palácio dos Campos Elísios para o Palácio dos Bandeirantes (que permanece como tal até hoje).

-Criação do Conselho Estadual de Educação, em 1963.

-Criação da Secretaria de Estado dos Negócios de Economia e Planejamento, em 1964.

Ademar foi um dos pioneiros no Brasil em planejamento governamental.

-Cria, em 1963, a Secretaria de Transportes, e a organiza em 1966.

-Organizou através da lei 8.092 de 28 de fevereiro de 1964, a divisão política e administrativa do estado em municípios e distritos. Lei que, com algumas alterações, está em vigência até hoje.

-Embora tendo apoiado a posse, em 1961, de João Goulart na presidência para que seu rival Jânio Quadros não voltasse ao poder, Ademar participou ativamente da conspiração que resultou na Revolução de 1964, liderando a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, em São Paulo, em 19 de março de 1964.

Entretanto, isto que não impediu que, em 6 de junho de 1966, fosse afastado do cargo de governador, pelo presidente da república Castelo Branco, e tivesse seus direitos políticos cassados por dez anos, sob a acusação de corrupção, e tivesse confiscadas todas as suas condecorações.

O pretexto para a cassação de Ademar, que vinha fazendo oposição ao regime militar, foi a acusação que Ademar tinha feito nomeações de funcionários públicos em número excessivo. No dia 4 de junho, dois dias antes de ser cassado, Adhemar publicou no Diário Oficial do Estado de São Paulo, uma nota, garantido que as nomeações eram legais e uma necessidade administrativa. Foi substituído pelo vice-governador Laudo Natel que conclui seu mandato e governa até 15 de março de 1967.

Exílio, morte e homenagens

Exilou-se, pela terceira vez em sua carreira política, em Paris, logo depois de ter sido cassado seu mandato de governador, o qual foi seu terceiro mandato político a ser cassado.

Ademar foi operado em janeiro de 1969, de hérnia e litíase. Em 7 de março, Ademar tentou se curar no santuário e gruta de Lourdes na França, onde se acredita haver águas milagrosas. Em Lourdes teve uma síncope. Faleceu, em Paris, em 12 de março de 1969, aos 68 anos, metade dos quais dedicados à vida pública.

Seu corpo foi transladado para o Brasil. Do Aeroporto de Viracopos que ele construíra, até São Paulo, pela Via Anhanguera que ele construíra, houve um grande cortejo fúnebre que chegou a 10 quilômetros de extensão. Foi enterrado no Cemitério da Consolação, na região central da capital paulista, em 16 de março, com grande presença de público. Foi executado o toque de silêncio para o veterano da Revolução de 1932.

Recebeu uma condecoração póstuma, em 1982, pelo governo de São Paulo, através do decreto nº 18.732, de 23 de abril de 1982, pelo então governador Paulo Maluf, um ademarista, quando foi admitido no grau de Grã-Cruz, no Quadro Regular da Ordem do Ipiranga. A Lei estadual nº 2.457, de 1980, também da época de Paulo Maluf, dá o nome de Dr. Adhemar Pereira de Barros, ao Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.

Foi homenageado, também, dando-se o seu nome à rodovia SP-340 – Rodovia Governador Doutor Adhemar de Barros, que liga Campinas a Águas da Prata, pela lei nº 1382, de 6 de setembro de 1977. Em 1978, na capital paulista, a Escola Municipal de 1º Grau do Jardim Ipê, tornou-se a “EMPG Prefeito Adhemar de Barros”. A Lei estadual nº 4.369, de 9 de novembro de 1984, institui, no estado de São Paulo, a Semana Doutor Adhemar de Barros, a ser comemorada, anualmente, de 22 a 28 de abril.

Em 2001, foi comemorado o centenário de nascimento de Ademar, tendo, sua família, doado seu arquivo particular ao Arquivo do Estado de São Paulo e lançado um site e um livro sobre sua vida e obra.

Um projeto de lei, do senador Henrique de La Rocque Almeida, de 1980, visando a anistia a Ademar, devolvendo-lhe suas condecorações, não prosperou, sendo arquivado em 1984.

O estilo Adhemar de governar

Construiu usinas hidrelétricas e muitas rodovias de grande porte, continuando a tradição de Washington Luís, do qual Ademar era admirador confesso. Por outro lado realizou também muitas obras e ações de caráter social, construindo escolas, bibliotecas no interior do estado, hospitais e sanatórios, afirmando, no seu manifesto de candidato à presidência em 1960, que:

 ”Por onde passar a energia elétrica, passarão o transporte, o médico e o livro”

Uma característica fundamental de Ademar era a ênfase no planejamento das ações de governo, no qual foi um dos pioneiros no Brasil.

O estilo político “tocador de obra” e seu visual característico: mangas de camisa arregaçadas e suspensórios, se opunha ao populismo conservador e moralizante de Jânio Quadros. Esse estilo “tocador de obra” retornaria posteriormente, nas gestões de outros governadores, como Paulo Maluf e Orestes Quércia que, em alguns casos, incorporaram partes desse figurino ademarista de tocar obras, arregaçar a camisa e amassar barro.

Ademar era capaz de grandes frases de efeito, e uma das suas frases mais conhecidas foi chamar, por ter grande concentração de comunistas, a atual Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo de “O abacaxi deixado pelo doutor Armando de Sales Oliveira”.

Suas campanhas eleitorais eram bem elaboradas, sendo que Ademar e Hugo Borghi são considerados os pioneiros do Marketing eleitoral no Brasil.

Um dos slogans de campanha eleitoral de Ademar de Barros, não assumido abertamente, era: “Ademar rouba, mas faz”, que apesar de ser uma frase cunhada por seu adversário Paulo Duarte, acabou por ser o lema de sua campanha eleitoral para prefeito de São Paulo, em 1957, se promovendo em cima das inúmeras acusações de corrupção, na época, chamadas de negociatas.

Era acusado também de desvio de verbas públicas nos períodos em que era chefe do executivo paulista. E quanto a desvio de verbas, seus adversários diziam que existia a “Caixinha do Ademar” para financiar as campanhas eleitorais de Ademar.

O mais comentado processo contra Ademar foi, em 1956, o “Caso dos Chevrolets”, que o levou a exilar-se no Paraguai e na Bolívia. Ademar logo voltou do exílio, dizendo que queria ser absolvido pelo povo nas urnas. Foi eleito prefeito de São Paulo em 1957. O promotor do caso foi o jurista Hélio Bicudo. Adhemar foi defendido pelos advogados Ataliba Nogueira e Esther de Figueiredo Ferraz, que se tornaria a primeira mulher a ocupar o cargo de ministro de estado no Brasil. Foi absolvido das acusações pelo Tribunal de Justiça de São Paulo por 16 votos contra 12. Ademar publicou na revista “O Mundo Ilustrado”, em 1956, um relato das dificuldades que enfrentou neste seu segundo exílio. Entre outras dificuldades, Ademar, piloto, conta que voou sem auxílio de instrumentos, guiado só por mapas e que quando chegou ao Paraguai lhe informaram de um plano para assassiná-lo.

Ademar gostava muito de eleição e disputava todas que podia, mesmo quando tinha poucas chances de ganhar. Foi alvo constante de caricaturistas e humoristas e do bom humor do povo, que chamava um pequeno túnel por ele construído no centro da cidade de São Paulo de o buraco do Ademar. A dupla caipira “Alvarenga e Ranchinho”, parodiando um anúncio radiofônico do remédio Melhoral, cantava:

 ”Ademá, Ademá, é mió e num faz má”.

Também provocava risos quando, já nos tempos do Palácio dos Bandeirantes, uma amante telefonava para ele e Ademar atendia: – Como vai, Doutor Rui!… Um beijo Dr. Rui!

Estava sempre se revezando na prefeitura de São Paulo e no governo do estado de São Paulo com Jânio Quadros, seu eterno rival, e cuja política era sempre suspender suas obras. Curiosamente, ambos, Ademar e Jânio, eram adeptos da maçonaria, como se vê na lista de maçons famosos nos sítios da maçonaria brasileira. Ademar de Barros foi iniciado maçom, no dia 12 de dezembro de 1949 pela “Loja Guatimozin 66″, conforme consta nas atas daquela loja. Na sua campanha presidencial de 1960, o Arcebispo de Porto Alegre D. Alfredo Vicente Scherer fez campanha contra Ademar, pedindo aos católicos que não votassem em Ademar por este ser maçom.

A visão dos ademaristas sobre a ascensão do janismo na política paulista é explicada assim por um líder ademarista da região de Bauru:

 O Brasil parou de se desenvolver quando deixaram de votar neste homem (Ademar) para votarem em Jânio Quadros! — José Manuel Álvares

A rivalidade entre o ademarismo e o janismo marcou época em São Paulo nas décadas de 1950 e 1960. Essa rivalidade e os comícios (meetings) pelo interior de São Paulo entraram para o folclore político do estado de São Paulo e do Brasil, e se tornaram acontecimentos inesquecíveis para os paulistas daquela época.

Três exemplos deste folclore político:

-Em um comício em Bauru, Ademar, batendo a mão no bolso, exclamou: – Neste bolso nunca entrou dinheiro do povo! -Está de calça nova, Doutor! Gritou alguém na multidão, segundo depoimento de Paulo Silveira.

-Em São José dos Campos, segundo depoimento do Sr. Mário Carvalho de Araújo, Ademar não hesitou em descer do palanque, interrompendo seu comício, e se dirigir a um homem que estava encostado em uma árvore com um charuto e fumá-lo com o homem, deixando todos surpresos e rindo.

-Em Penápolis, houve um acontecimento inusitado: Sempre ligado ao social, Adhemar escutou prostitutas, no palanque, em um comício, onde elas reclamaram de suas más condições de vida, segundo depoimento da moradora Luciana de Castro.

O caso do cofre do Ademar

Mesmo depois de falecido, Ademar foi alvo de escândalo: em 18 de junho de 1969, membros do movimento guerrilheiro VAR-Palmares assaltaram, no Rio de Janeiro, um suposto cofre de Ademar, localizado na casa de sua ex-secretária Anna Gimel Benchimol Capriglione, que teria sido, segundo algumas versões, sua amante. O episódio ficou conhecido como o “Caso do Cofre do Ademar”, e entre os participantes da ação, denominada PAC (Plano de Ação do Cofre), estaria, segundo algumas versões, a ministra Dilma Roussef e o ministro Carlos Minc, membros do VAR-Palmares[6]. O valor subtraído, que, segundo a VAR-Palmares, foi de US$ 2,600,000.00, equivale hoje, corrigido pela inflação do dólar de 1969 a 2009, a 16,5 milhões de dólares. Anna Gimel, porém, declarou à polícia carioca que, no cofre, achavam-se apenas documentos.

Empresário

Foi proprietário da fábrica de chocolates Lacta, além de possuir interesses na área imobiliária, especialmente a Imobiliária Aricanduva. Foi responsável pelo loteamento, na capital paulista, que se tornou o Jardim Leonor, nome de sua esposa.

Ajudou a desenvolver parte do bairro do Morumbi em São Paulo, na década de 1960, quando o governo do estado comprou o Palácio dos Bandeirantes e seu vice-governador Laudo Natel, então presidente do São Paulo Futebol Clube, construiu o Estádio do Morumbi. Na década de 1940, a construção do Estádio do Pacaembu por Ademar, tinha dado também origem ao bairro homônimo.

Foi sócio da empresa cinematográfica “Divulgação Cinematográfica Bandeirantes” e da Rádio Bandeirantes, que mais tarde dariam origem à Rede Bandeirantes de rádio e televisão, hoje presidida por seu neto Johnny Saad, e que se localiza no bairro do Morumbi na capital paulista.

Foi presidente das Fábricas Redenção e Nossa Senhora Mãe dos Homens, proprietário de fazendas no interior do estado de São Paulo, da Fábrica de Produtos Quíjicos Vale do Paraíba, da Sociedade Extrativa de Taubaté, com plantação de cacau para a Lacta, e da Sociedade Extrativa Limitada de Itapeva.

Lacta

A empresa Lacta, fabricante brasileira de chocolates, conhecida por marcas e produtos de sucesso, foi de propriedade de Ademar de Barros.

Após sua morte, a gestão da empresa passou a seu filho, o também político Ademar de Barros Filho. Em 1996, após brigas entre a família, a empresa foi vendida à Kraft Foods.

Herdeiros políticos

Cientistas políticos não conseguem estabelecer claramente uma espécie de herdeiro político do ademarismo. O estilo de governo Paulo Maluf pode ter sido influenciado em alguns aspectos pelo estilo de Ademar, porém eles não foram aliados políticos. A carreira política do governador Paulo Maluf começou com sua nomeação para prefeito de São Paulo, justamente no dia do falecimento de Ademar: 12 de março de 1969.

A influência do ademarismo na política paulista continuou mesmo depois de extinto o PSP, sendo que em 1972, 60% dos prefeitos eleitos naquele ano no estado de São Paulo eram oriundos do PSP.

Ademar de Barros Filho seguiu carreira política e chegou a se eleger deputado federal, várias vezes, entre 1966 e 1994, e foi também secretário de estado em São Paulo na década de 1970. Seus filhos o impediram de fazer empréstimos em dinheiro para as campanhas políticas. Tanto Ademar Filho, como os ademaristas, em geral, quando se lembram de Ademar, o chamam de “O velho Ademar”.

Biografia sumária

Deputado estadual em São Paulo (1935-1937)

Interventor federal em São Paulo (1938-1941)

Governador de São Paulo (1947-1951 e 1963-1966)

Prefeito de São Paulo (1957-1961)

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Andres Sanchez,diretor de seleções da CBF.



Depois ser anunciado como futuro diretor de seleções da CBF, o presidente do Corinthians, Andres Sanchez, disse, nesta sexta-feira, que foi surpreendido pelo convite e que não poderia virar as costas para os brasileiros.

"O presidente da CBF me ligou ontem à tarde [quinta-feira] e pediu para eu estar hoje na CBF, não sabia [do convite]. Fui surpreendido, mas não posso negar um convite de um amigo e virar as costas para a nação brasileira", afirmou.O presidente corintiano nunca escondeu que tem um ótimo relacionamento com Teixeira.
Sobre a relação com o técnico da seleção brasileira, Mano Menezes, que trabalhou no Corinthians em parte de sua gestão, Andres disse que a cobrança será natural.

"[O Mano] Vai ser cobrado e exigido, como todos os treinadores. A única diferença é que nos conhecemos, e a conversa e jeito de falar ele já sabe como são", disse o dirigente que permanecerá como presidente corintiano até o dia 15 de dezembro próximo.

Na prática, Andres será o responsável por definir a programação, contratar treinadores para todas as categorias e coordenar as equipes.

Este cargo é novo. Antes da Copa do Mundo de 2010, o responsável pela área era Américo Faria, que atuava como supervisor. O último diretor foi Jorge Salgado, nos anos 90.

No Mundial da África do Sul, Andres já havia sido o chefe da delegação da seleção, que foi eliminada nas quartas de final diante da Holanda.

O anúncio sobre o novo cargo de Andres acontece às vésperas da penúltima rodada do Campeonato Brasileiro. O Corinthians lidera o campeonato com 67 pontos, dois a mais do que o vice-líder Vasco. O clube paulista pode ser campeão neste domingo caso vença o Figueirense e veja o Vasco não derrotar o Fluminense.

Tudo isto vem mostrar que o Corinthians possui hoje muito poder politico , e se tornará uma força imensa após a Copa , deixando preocupados seus rivais , que sempre minimizaram o Andrés chamando ele de ignorante , analfabeto , grosso , burro e por ai vai , mas saibam um pouco mais sobre ele .

A origem do seu nome é espanhola, assim como sua família oriunda de Almeria, Província de Andaluzia, no Mediterrâneo. Em grego, seu nome significa “másculo”, “varão”, e indica uma pessoa intuitiva que tem sempre ideias originais e brilhantes. Foi o segundo filho de Dona Josefa Sanchez e do Sr. Gregorio Navarro, tendo como irmãos, Ginessa, Andrea e Tadeo. Andrés nasceu na cidade paulista de Limeira, véspera de Natal, dia 24 de dezembro de 1963. Com 43 anos, sendo um dos mais jovens presidentes eleitos da história do S.C. Corinthians Paulista. Seus maiores fãs são seus filhos, Lucas e Marina. Sua vida sempre foi assim, desde os primeiros tempos.

Aos 14 anos, em 1978, tornou-se sócio do Corinthians, e teve sua carteirinha assinada pelo então presidente Vicente Matheus. Na escola primária, sua primeira professora, Dona Laudia, ensinou-lhe os primeiros passos da vida, que seria mais tarde repleta de êxitos em todos os campos onde atuou. Estudou nos colégios Nossa Senhora dos Remédios e Nossa Senhora do Brasil (Limeira), possuindo o curso secundário completo. Ainda criança, dos seis aos oito anos, entre 1970 e 1972, morou por dois anos na Espanha, em companhia da família. O serviço militar no 4º. Batalhão de Infantaria Blindado do Exército (BIB), ensinou-lhe um lema que esteve sempre presente em sua vida: “aquele que conhece o inimigo e a si mesmo, lutará 100 batalhas sem perigo de derrota”.

Sua vida profissional iniciou-se em 1976, aos doze anos de idade, trabalhando como feirante ao lado dos familiares, até os dezessete anos, quando os Navarro Sanchez, em 1982, iniciaram um novo negócio no ramo da indústria plástica. Essa empresa familiar cresceu muito e constitui-se hoje num próspero e sólido Grupo Empresarial, com mais de 40 distribuidores em todo o território nacional, empregando e gerando o sustento de milhares de famílias brasileiras. Mas não é só isso. Suas empresas também prestam relevantes serviços na área social através do Instituto Sol, mantenedor de inúmeros programas assistenciais, em parceria com as entidades “Cáritas”, CDI, Instituto Ethos, Pastoral da Criança, SESI, UECC, GIFE, UNEB e UNICEF.

Sua qualificação como próspero empresário assegura atuação e gestão que darão ao Corinthians as características de uma verdadeira empresa, administrada com a mesma competência e seriedade que garantiu seu êxito absoluto como industrial. Freqüenta o Parque São Jorge desde 1974 (10 anos de idade), tendo em 1990 iniciado sua participação política do Clube. Em 1997 tornou-se Conselheiro e em 2002 assumiu a Vice Presidência de Esportes Terrestres. Em 2003 passou a ser Conselheiro Vitalício. Em 2005 exerceu por 11 meses a vice presidência de Futebol, período em que o Timão conquistou o Campeonato Brasileiro. Deixou o cargo mais cobiçado do Clube, por discordâncias que lhe inspirariam criar, ao lado de outros opositores, o Movimento “Renovação e Transparência”, que de maneira surpreendente venceu as eleições na Assembléia Geral, em 2006, empossando 100 novos Conselheiros eleitos pelo voto dos associados. Depois vieram a reprovação da contas, o afastamento do presidente e seu vice, culminando com a vitória no pleito de 9 de outubro de 2007, assumindo a presidência do Sport Club Corinthians Paulista, num momento extremamente grave e muito difícil para a vida do Clube. Seu mandato vai de fevereiro de 2009 até janeiro de 2012.

Em 2007, pouco antes da maior tragédia esportiva do clube, o rebaixamento para a Série B do Campeonato Brasileiro. Desde então comanda uma grande e profunda reformulação da estrutura funcional do clube e do futebol, aliado com o Departamento de Marketing, comandado por Luis Paulo Rosemberg, culminando com o retorno do Corinthians à elite do futebol brasileiro, ao conquistar o título da Série B em 2008, após contratar Mano Menezes para comandar a equipe, tendo o treinador gaúcho levado à equipe, sem que ninguém esperasse à Final da Copa do Brasil do mesmo ano, tendo sido derrotado na final contra o Sport Clube do Recife.

Em dezembro de 2008 confirmou uma das maiores contratações da história do futebol brasileiro, ao anunciar que fechara contrato com Ronaldo Fenômeno para o ano de 2009, tendo sido peça fundamental nas conquistas do Campeonato Paulista (invicto) diante do Santos e da Copa do Brasil, contra o Internacional, garantindo a participação corintiana na edição 2010 da Taça Libertadores da América, no ano do centenário do clube.

Às vésperas do Centenário do Corinthians, anunciou a construção do Estádio do Corinthians, o grande sonho dos torcedores, que será localizado em Itaquera, com capacidade inicial de 48 mil pessoas, que sera aumentada para receber a abertura e outros jogos da Copa do Mundo.

Andrés Sánchez se envolveu em polêmicas com o dirigente palmeirense Pescarmona por acusar seu time de ter "entregado" o jogo ao Fluminense Football Club para que o Corinthians não vencesse o campeonato. Em 2010 ainda, ao final do campeonato, no prêmio Craque do Brasileirão, Andrés Sánchez foi vaiado pela torcida tricolor , após debochar dela no Rio de Janeiro logo depois de proferir o discurso sobre o centenário corintiano.

Deixará a presidência do Corinthians em dezembro de 2011 sem ter conseguido levar a equipe à conquista da Copa Libertadores da América, tida como "principal projeto" durante todo seu mandato. No entanto, conseguiu construir um moderno Centro de Treinamento no Parque Ecológico do Tietê, além de agilizar a construção do tão sonhado estádio em Itaquera.

Andrés Sanches foi um dos responsáveis pela deserção de vários clubes do Clube dos 13 que tentavam conseguir o maior valor já pago no futebol brasileiro pelos direitos de trasmissão. O C13 é dirigido por Fábio Koff e tinha como vice-presidente Juvenal Juvêncio, que ganharam a eleição contra chapa que era apoiada por Andrés Sanches e Ricardo Teixeira que tinha como candidato Kléber Leite.

Andrés Sanches nutre a rivalidade com o Juvenal Juvêncio ,Andrés Sanches apoiado por Ricardo Teixeira, presidente da CBF, que é suspeito de corrupção e que está juntando aliados políticos para paralisar a CPI que foi proposta por Anthony Garotinho, Ricardo Teixeira inclusive foi a capital federal e conseguiu que alguns políticos que já tinham apoiado a abertura da CPI retirassem suas assinaturas misteriosamente.

Ele foi chefe da delegação brasileira na Copa da África do Sul, e fez parte da comitiva liderada pelo presidente da CBF, Andrés conseguiu emplacar a construção do estádio do Corinthians em Itaquera para ser sede da abertura da Copa de 2014.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Corinthian-Casuals Football Club .




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The Corinthian-Casuals Football Club was formed in 1939 following the merger of the two great amateur sides bearing those names.

The Corinthians were founded in 1882. N.L. "Pa" Jackson, who was then Assistant Honorary Secretary of the Football Association, aimed to develop a club side capable of challenging Scotland at international level. A meeting was held at Jackson's offices in London's Paternoster Row, thus was the club born. The name came from a suggestion by England international, H.A. Swepstowe, which was accepted unanimously. In the recently published history of the club, "Play Up Corinth," author Rob Cavallini explains "the most likely explanation for this choice ... is the word's long forgotten meaning - 'man of fashion and pleasure,' which captures the whole essence of the playing membership and their sporting ideology." Merely four years later, there were nine Corinthians in the England team that drew 1-1 with Scotland. Between 1883 and 1890, 52 of the 88 caps awarded against Scotland went to Corinthian players. Corinthians fielded the full England side twice in 1894 and 1895, both matches against Wales, a 5-1 victory and 1-1 draw respectively.

The Corinthians original constitution stated that the club play in no competitions whatsoever, and this was not broken until 1900 when the Sheriff of London Shield was competed for. This was, however, for the most noble of reasons, it being a charitable event and the forerunner of the modern day Community Shield. Aston Villa, who were Football League champions at the time, were beaten 2-1 as Corinthians lifted their first trophy. Four years later, Corinthians inflicted Manchester United's record defeat, to the tune of 11-3. The centenary of that game was celebrated in 2004, the reds claiming a 3-1 victory, which leaves us 12-6 winners on aggregate! In 1902, Real Madrid adopted Corinthians white strip, although the two clubs have had a reversal of fortunes ever since!

After the Great War, Corinthians entered the FA Cup for the first time. If they had done so in the 1880s & 1890's, it is widely acknowledged that the club would surely have won it on several occasions. 1922/23 saw Corinthians take Brighton to a second replay, and a year later, Blackburn Rovers were beaten 1-0. 50,000 people then witnessed the 0-5 defeat at West Bromwich Albion. In 1925, the FA Cup was reorganised into its present structure, and Corinthians were granted a bye to the 3rd Round, along with the clubs from the top two flights. 70,000 people saw the two games against Manchester City, who ultimately won 4-0, following a 3-3 draw at Crystal Palace. The bye to the 3rd Round continued until the end of the 1932/33 season. Noteworthy results were the 4-0 thrashing of Walsall in 1927, beating Norwich City 3-0 in 1929, and taking Millwall to a second replay in 1930. The club were also runners-up in the Charity Shield, losing 2-1 to Cardiff City in 1927.

Perhaps the Corinthians greatest contribution to the game, however, was their 'missionary' work; touring overseas in South Africa, South America, Canada, the U.S.A. and every corner of Europe. A tour of Brazil in 1910 inspired a certain club called SC Corinthians Paulista, who became the first official FIFA World Club Champions in 2000, to be formed. The two clubs still maintain ties to this very day.

The Casuals - Casuals were formed in 1883; The Casuals' FA Cup performances sadly lacked the legendary drama of the Corinthians, and in 1890/91, having never got past the 1st round, they conceded 13 goals to Aston Villa. The next year Stoke won 3-0, and a year later, Nottingham Forest triumphed 4-0. The Casuals, probably rather wisely, rarely entered the competition again. The club did, however, make a lasting impression on the FA Amateur Cup's history by reaching the inaugural final in 1894, Old Carthusians winning 2-1 at Richmond. They won jointly the London Senior Cup, in 1886/87, after drawing with Old Westminsters, and were runners-up another five times. The London Charity Cup was also won a total of six times in this early period.

The Casuals became founder members of the Isthmian League in 1905 and the Southern Amateur League in 1907, winning the first AFA Senior Cup in 1908, then again in 1913. They then rejoined the Isthmian League in 1919. Whilst they were members, they won the Surrey Senior Cup in 1930, beating Nunhead 2-1. The FA Amateur Cup was finally won in 1936, the club's greatest achievement, when they beat Ilford 2-0 in a replay at Upton Park, following a 1-1 draw at Crystal Palace. The team were also Isthmian League runners up that year. Three years later came the historic merger with the Corinthians.

The Corinthian-Casuals Football Club had played only one game when World War II broke out, though it really wasn't our fault. Come the recommencement of football in 1945, the club proudly retook its place in the Isthmian League, were it would remain for another 39 years. In 1954, the club beat Epsom 2-0 to win the Surrey Senior Cup. Two years later in 1956, they reached the FA Amateur Cup Final, drawing 1-1 with Bishop Auckland at a packed Wembley Stadium. The neo-legendary north-eastern club won the replay at Middlesbrough 4-1. A year later, another good run in the FA Amateur Cup saw the club reach the semi-final. After this high point, the club slipped into a long decline, a rare moment of success seeing them reach the FA Cup 1st Round in 1965/66, where Watford won 5-1.

The 1973/74 season was an historic milestone; heralding the end of the amateur. As if in empathy, Corinthian-Casuals were relegated, for the first time in their history, into Isthmian League Division 2. There they would stay there until 1978, when further relegation to the basement followed a third bottom finish in four years. A number of steady seasons were played out before new ground-sharing rules created by the Isthmian League saw the club unceremoniously thrown out in 1983/84. This coming after 65 years of continuous membership, and in spite of a 5th place finish, simply because the club's long nomadic history meant it shared a ground, thus did not have one of its own. Ironically, the year this occurred was the best in quite a while. The club reached the 1st Round of the FA Cup, holding Bristol City to a goalless draw at Champion Hill, before losing 4-0 in the replay. The club also made it to the 5th Round of the FA Vase, the replacement competition for the FA Amateur Cup.

The first season in the Spartan Premier League was a disaster and a second consecutive relegation occurred. Next year, the Corinthian-Casuals fortunes took an upturn when they bounced back as Champions, remaining in the Premier Division for a further 12 seasons. 1988 was a truly historic year, with the club securing its first ever home ground, merging with the crippled Tolworth FC, thus taking over the running of their facilities. This season also saw the Corinthian-Casuals Tour Of Brazil, when legendary Brazilian international, Socrates, donned the famous chocolate and pink colours for a special game. A runners-up berth in 1993 and winning the League Cup in 1995 were the highlights of the Spartan League era, before the club switched to the Combined Counties League in 1996. This was a greatly improved experience. In the first season, a runners-up spot was achieved to at last win back our place in the Isthmian League.

The team's best finish for many years, 5th in 2000/01, saw them miss promotion by a meagre 3 points, whilst the Reserves won the Suburban League South and London Intermediate Cup. In May, the club toured Brazil again, winning the Sao Paulo Athletic Invitation Cup. Victories were achieved over Paulistano and Sao Paulo AC, though SC Corinthians Paulista's U21's inflicted a 2-0 defeat. The next season saw the reorganization of the Isthmian League, with a top 6 finish guaranteeing a place in the new Division 1 South. Although being in the running for much of the season, a late slump saw the Corinthian-Casuals slip to finish in 10th place. However, thanks to some astute thinking, the ground had been improved anyway, gaining a "Grade B" award. Thus, due to circumstances elsewhere, the promotion places sank to as low as 11th and the club got to play its highest level of football since 1978.

The new Division 1 South lasted only two seasons, and on each occasion, the club finished in the bottom four. The 2004/05 season saw a reversion to a single Division 1 and, presented with its most exciting squad for many years, New Year passed with the club in 3rd place. However, a heavy loss at Horsham started a stunning decent, and with just two wins in the last 18 fixtures, the club sank to finish in 13th. Much of that promising side were picked off by wealthier neighbours during the close season, the remainder of the squad having an horrendous time the following year, rarely emerging from the foot of the table. The Reserves, however, were doing extremely well by winning the Suburban Football League Southern Division and being runners-up in the London FA Intermediate Cup. After the FA's continued tinkering with the national non-league set up, Lady Luck came to the Club's aid once more, with a little extra help from some clubs either resigning from Level 4 or disappearing altogether. The result was that the Corinthian-Casuals were reprieved for another season in the Isthmian League, though that wasn't enough to save the management.

Season 2006/07 saw regime change, Brian Adamson appointed as new manager, and hopes were lifted towards an improvement in fortunes. The season was certainly a tale of two halves, with the club eventually finishing second from bottom with more points than they had achieved since 2004/05, a somewhat pleasing 34. The team were very young, the majority without Isthmian level experience, and needed to gain that experience quickly. Up until December, it looked like the team would never get above 10 points. Luck did not seem to be on their side, frequently losing by a single goal. But they played exciting football, all with a speed and passion that had not been seen for several years at the Tolworth ground. With the arrival of the New Year, fortunes changed and the team produced a run of seven games without defeat. They continued with mixed fortunes, right up to the final game of the season. Here they needed to beat Leatherhead to get off the bottom of the table to be in with any hope of avoiding relegation. The 3-1 victory achieved just that, thanks also to the late merger of Hayes & Yeading.

While the 1st XI were finding Lady Luck a little fickle with her favours, the Reserves were steadily working their way up the Suburban Premier table. They showed strong nerves when beating Sutton United in the Champions Cup semi-final 2nd Leg, coming from behind to win 2-1 on aggregate. And then in the final, when they beat Waltham Forest 4-2 on penalties, following two hours of football and as many goals apiece. Their second trophy came from a rematch of the previous season's London FA Intermediate Cup final. This time the Reserves held their nerve to beat Metrogas 5-4 on penalties, following the same again.

Whilst good fortune has certainly played a part in retaining an Isthmian place, in this last season, the right to play Ryman League football was justly earned on the field of play. The club also enjoyed the momentous honour of celebrating 125 years of football with a commemorative match at Wembley Stadium. After staying up on merit for four consecutive seasons it is clear that the hard work, vision and dedication of management team, Brian Adamson, Kim Harris and Keith Holloway, clearly paid dividends.

The 2010/11 season was the most memorable for many years as the club lifted the Surrey Senior Cup for the first time in 57 years when Leatherhead were defeated 2-0 in the final at Gander Green Lane. This triumph was a fitting tribute to Brian Adamson who stood down as manager at the end of the season.

With Kim Harris now in charge, assisted by Keith Holloway we look forward with quiet optimism to another year as the eternal underdogs, punching above their weight. The Corinthian-Casuals Football Club continues to take great pride in its rich and glorious history, and still so very much more in its present day standing as the highest ranked amateur club in England.

Motown, a gravadora que criou a black music.







A Motown Records, também conhecida como Tamla-Motown, é uma gravadora americana de discos fundada em 12 de janeiro de 1959 por Berry Gordy Jr. na cidade de Detroit, estado americano de Michigan conhecida como "Motor Town", devido às montadoras de automóveis ali instaladas. O nome da gravadora é uma redução de "Motor Town". Nos anos 60 foi a mais bem sucedida na criação daquilo que se tornou conhecido como O Som da Motown, um estilo de "soul" bem característico, com o uso de instrumentos como pandeiros, baterias e instrumentos do "rhythm and blues" além de um estilo de 'canto-e-resposta' (com a repetição, por parte do coral, de frases inteiras ou palavras de alguns versos) originário da música gospel. O "som da Motown" também é marcado pelo uso de orquestração e instrumentos de sopro, por harmonias bem arranjadas e outros refinamentos de produção da música pop, e é considerado precursor da Era Disco dos anos 70.

Apesar de terem existido músicos negros norte-americanos de grande sucesso antes dos anos 60, incluindo Louis Armstrong, Ella Fitzgerald, Nat King Cole, e Chuck Berry, a Motown foi a mais importante lançadora de artistas negros desde seu surgimento até o surgimento do chamado "hip hop". Foi também a primeira a lançar músicas que deixavam de lado o puro e simples lirismo e mergulhavam também em temas socio-políticos.

Foi também a criadora dos chamados 'girl groups', como Martha & the Vandellas e The Supremes. Seus artistas eram vestidos, penteados e coreografados de modo impecável, para exibições ao vivo nas tevês e shows. Deveriam, para a gravadora, funcionar como uma espécie de "embaixadores" para outros artistas negros norte-americanos em busca de sucesso.

A maioria dos sucessos da Motown nos anos 60 - destaque para as primeiras gravações de Diana Ross e The Supremes - foi escrita pelo trio de compositores Holland-Dozier-Holland (Lamont Dozier, e os irmãos Brian e Edwin Holland Jr.). Tanto cuidado com a produção deu resultados: de 1961 a 1971 a Motown conseguiu emplacar nada menos que 110 músicas no "Top 10" norte-americano. Para completar o acompanhamento de alguns artistas, a gravadora teve também sua própria orquestra, chamada The Funk Brothers.

A 50 anos o produtor e empresário norte-americano Barry Gordy, a partir de uma empréstimo de U$ 800, fundou em Detroit a gravadora Tamla – que em dezembro daquele ano viraria a Motown.

Com 240 hits no top 40 das paradas norte-americanas entre 1962 e 1971, a Motown ajudou a inventar a black music moderna, influenciando grande parte da música pop, negra ou não, produzida em todo o mundo nas décadas seguintes.

A Motown gravava, produzia e lançava quase exclusivamente artistas negros – em uma época em que muitos dos estados dos EUA eram racialmente segregados, uma gravadora negra que se considerasse “o som da América jovem” (esse era o slogan da Motown, criado por Gordy) era um evento revolucionário.

Entre seus artistas mais famosos estão The Supremes, Marvin Gaye, The Temptations, Martha & The Vandellas, Stevie Wonder, The Jackson Five e Smokey Robinson & The Miracles. Do soul mais açucarado ao funk mais pesado, todos os estilos de música negra dos EUA foram representados pela gravadora durante o seu auge.

A gravadora também funcionava como uma “linha de produção”, com times de compositores (como o trio Holland-Dozier-Holland e Smokey Robinson), e uma banda de estúdio entrosada (os Funk Brothers) produzindo hit atrás de hit, enquanto os cantores eram “profissionalizados” com cursos de dicção, canto e dança.

O conceito foi introduzido pelo próprio Barry Gordy, que, como cita uma reportagem da BBC, queria que a gravadora fosse “moldada pelos princípios que aprendi na linha de produção da (montadora) Lincoln-Mercury”. Para tanto, Gordy chegava a ter reuniões semanais de “controle de qualidade” com os produtores.

Essa estrutura ajudou para que, apesar das diferenças entre artistas, a Motown fosse um dos poucos selos “que constituem um gênero em si”, como definiu Peter Shapiro, autor do “The rough guide to soul and r&b”. Esse sistema de produção, aliado às melodias fáceis, o sucesso nas paradas e a falta de comprometimento político (durante muito tempo, todas as letras dos artistas do selo eram sobre amor), também renderam críticas ao selo.

“Na época, víamos Berry Gordy como antipolítico, alguém com medo de mudar as coisas”, diz o músico Robert Wyatt em uma matéria da revista “Mojo”. Mesmo assim a gravadora se envolvia involuntariamente em questões políticas – como em 1964, quando a música “Dancing in the streets”, de Martha & the Vandellas tornou-se um dos hinos da luta dos negros pelos direitos civis nos EUA.

Depois de revolucionar a música e o comportamento dos EUA durante os anos 60, em 1971 Gordy mudou a gravadora para Los Angeles. Os hits continuaram, com artistas como Jackson Five e com a carreira solo da ex-Supremes Diana Ross, enquanto a gravadora recebia aclamação da crítica pelos álbuns de Marvin Gaye (“What’s going on”, de 1971) e Stevie Wonder (“Talkbook”, de 1973).

Porém, a mudança foi “o prego no caixão do antigo sistema de estúdio” da gravadora, segundo Shapiro. O som da gravadora perdeu a personalidade. Em 1988, Gordy vendeu a Motown para a gravadora MCA por US$ 61 milhões. Depois de uma série de mudanças no mercado, a gravadora acabou sob o controle da Universal no final de 1998.

Em 2005 surge a Motown Universal Music Group, que inclui entre seus artistas cantoras de R&B como Erykah Badu, rappers como Q-Tip e inclusive a cantora pop e atriz Lindsay Lohan. Stevie Wonder, Diana Ross, Smokey Robinson e os Temptations ainda são contratados da gravadora.

“Agora é hora de comemorar”, diz Martha Reeves, líder da Martha & the Vandellas, hoje vereadora em Detroit. Os 50 anos da gravadora serão temas de diversos especiais de rádio na Inglaterra, França e Alemanha, informa o jornal “USA Today”. Em Berlin, estréia o musical “Memories of Motown”, com a participação de Reeves, dos Miracles e dos Contortions.

“O legado ainda é meu”, diz Gordy, em entrevista ao “USA Today”, “e de todos os artistas – estejam eles ainda aqui ou não. E isso é o que é importante para mim”. Mas a palavra final é de Duke Fakir, último dos Four Tops vivo. Fakir acredita que a Motown ajudou na integração do país: “Foi um dos degraus nesta escada”, explica, “a música da Motown foi uma parte importante no processo de diminuir as tensões – pouco a pouco. E essa é a parte da qual eu realmente tenho orgulho”.