segunda-feira, 8 de agosto de 2011
Yasser Arafat
A morte do líder Yasser Arafat até os dias de hoje, tem sido discutida, combase na afirmação de seu biógrafo, o Amnon Kapeliouk que o motivo damorte de Arafat foi por envenenamento.
Arafat era tido como ditador. Odiado em grande nível. Era vítima de freqüentes atentados terroristas com bombas. Em 13 de Setembro de 1993, a intermediação dos Estados Unidos, levou Arafat a assinar o acordo de Paz entre Israel e a Palestina. Os vários acordos realizados na Noruega e em Oslo. Esta última deu onome ao tratado (Acordosde Paz de Oslo).
Temido e tido com traiçoeiro, a América lidava com Arafat, assim como lida com o atual líder do Iran Mahmoud Ahmadinejad. Com base em algo sem explicação, a não ser pelos interesses políticos , Arafat ganhou o Prêmio Nobelda Paz em 1994. Mas não se sabe até que ponto este prêmio é legítimo, assim como o prêmio que Barack Obama recebeu, com 30 dias no cargo de Presidente dosEUA. O líder palestino participou na criação do Grupo Fatah, que tinha por meta o estabelecimento de um estado palestino independente e a destruição de Israel.
“Bassam Abu Sharif, foi um ex-assessor sênior de Yasser Arafat. Ele anunciou-, dia 10 de Janeiro de 2011, os resultados dos testes realizados para identificar o tipo de veneno que matou o falecido presidente palestino Yasser Arafat.
De acordo com Abu Sharif, os testes foram conduzidos pelo “expert em toxicologia forense mais proeminente no Reino Unido”, mas ele não revelou sua identidade, nem mencionou o nome da instituição que realizou apesquisa” publicou o Al arábia.
Segundo o laudo, o veneno é insípido, incolor e inodoro, podendo ser adicionado aos alimentos, à água ou mesmo injetado na veia. Este veneno conhecido por “Tálio” deriva de uma planta daninha do mar e provoca a morte de todos os órgãos lentamente, à medida que vai sendo consumido. O tempo de vida da vítima por este tipo de envenenamento varia de 2 a 8 meses, garante Sharif.
A detecção deste raro veneno, só foi possível através da contratação de um especialista em toxicologia forense, de outro modo tornar-se-ia impossível , acrescenta ainda Abu Sharif.
Os alimentos
Abu Imad Zaki foi o segurança pessoal do líder. Segundo ele, em entrevista ao Al-Hayat Jornal e publicado pelo site Ynetnews.com em 14 deNovembro de 2010. Para ele, Arafat não foi envenenado por alimentos, pois toda a equipe de segurança comia dos mesmos alimentos que Arafat. Abu Zaki acompanhou Arafat de 1988 até 2004, quando o líder morreu.
“É seguro afirmar que ele foi envenenado, mas não com alimentos”, disse o guarda-costas, na entrevista.
Inquérito
Com base num conjunto de informações, um inquérito foi aberto com a inteção de apurar os verdadeiros responsáveis. Mas para o pessoal mais íntimo de Arafat, os responsáveis trabalham para Israel.
“Eu disse a ele especificamente que o veneno é a arma principal de Israel.” – Abu Sharif
O Tálio
“O tálio ( do grego “thallós”, “ramo verde” ) é um elemento químico de símbolo Tl , de número atômico 81 (81 prótons e 81 elétrons ) que apresenta massa atómica 204,4 u. É um metal pertencente ao grupo 13 da classificação periódica dos elementos. É mole e maleável e, a temperatura ambiente, encontra-se no estado sólido.
O tálio é altamente tóxico, por isso era usado como produto para matar ratos e insetos. Há indícios de que cause cancer em seres humanos. Atualmente é usado em detectores de radiação infravermelha, radiação gama , e em medicina nuclear. É encontrado e obtido a partir do mineral pirita e, também, é obtido como subproduto de minérios de chumbo e zinco.
Foi descoberto por Sir William Crookes em 1861, na Inglaterra, por análise espectroscópica.
INFORMAÇÃO:NA RÚSSIA, O TÁLIO FOI USADO( PELA KGB) COMO VENENO PARA MATAR ESPIÕES – NÃO DEIXA RASTROS, E É DIFICIL IDENTIFICAR.
Mohammed Abdel Rahman Abdel Raouf Arafat al-Qudwa al-Husseini
Yasser Arafat (Cairo, 24 de Agosto de 1929 — Clamart, 11 de Novembro de 2004) foi o líder da Autoridade Palestina, presidente (desde 1969) da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), líder da Fatah, a maior das facções da OLP, anteriormente uma organização terrorista, e co-detentor do Nobel da Paz.
Nascido Mohammed Abdel Rahman Abdel Raouf Arafat al-Qudwa al-Husseini (محمد عبد الرحمن عبد الرؤوف عرفات القدوة الحسيني), também conhecido como Abu Ammar, Arafat foi um dos sete filhos de um comerciante. O estabelecimendo da data e local de nascimento de Arafat são controversos. O seu registro de nascimento indica que ele nasceu no Cairo, Egipto, a 24 de Agosto de 1929. No entanto, alguns ainda tomam por verdadeira a afirmação de Arafat de que nasceu em Jerusalém a 4 de Agosto de 1929.
O seu nome era Mohammed Abdel Rahman Abdel Raouf Arafat Al Qudwa Al Husseini. Como explicado pelo seu biógrafo palestino árabe Said K. Aburish, (in Arafat: From Defender to Dictator, Bloomsbury Publishing, 1998, p. 7), "Mohammed Abdel Rahman era o seu nome próprio, Abdel Raouf o nome do seu pai, Arafat o nome do seu avô; Al Qudua o nome da família dele e Al Husseini o nome do clã a que todos os Al Quduas pertenciam."
Foi afirmado que ele era um parente do clã Husseini, de Jerusalém, por parte da sua mãe (uma Abul Saoud), o que parece ser falso, uma vez que a pertença ao clã Husseini parece vir do lado do seu pai. Aburish explica que Arafat "não tinha parentesco com os verdadeiros Husseini, os notáveis de Jerusalém" (Ibid, p. 9) e explica que "o jovem Arafat pretendeu estabelecer as suas credenciais palestinas e promover a sua ambição à liderança... e não se podia permitir admitir quaisquer fatos que pudessem reduzir a sua identidade palestina. ...Arafat perpetuou insistentemente a lenda de que ele nascera em Jerusalém e que era um parente do importante clã Husseini daquela cidade." (Ibid, p. 8)
Arafat viveu a maior parte da sua infância no Cairo, com a exceção de quatro anos (após a morte de sua mãe, entre os seus 5 e 9 anos) em que ele viveu com o seu tio em Jerusalém.
Ele frequentou a Universidade do Cairo, onde se formou como engenheiro civil. Nos seus tempos de estudante, ele aderiu à Irmandade Muçulmana e à associação de estudantes, da qual ele foi presidente entre1952 e 1956.
Ainda durante a sua estadia no Cairo, ele desenvolveu uma relação próxima com Haj Amin Al-Husseini, também conhecido como o Mufti de Jerusalém. Em 1956 ele serviu no exército egípcio durante a Crise do Suez. No Congresso Nacional Palestino no Cairo em 3 de Fevereiro de 1969 Arafat foi nomeado líder da Organização para a Libertação da Palestina (OLP).
Arafat casou-se já nos seus anos mais tardios com uma Palestina cristã. Sua esposa, Suha Arafat, deu à luz uma criança do sexo feminino (Zahwa). A sua esposa e filha vivem atualmente em Paris. Suha Arafat tornou-se recentemente cidadã francesa.
Arafat era muito requisitado pela mídia internacional para entrevistas. Numa delas (para a veterana jornalista da CNN Christiane Amanpour), ele perdeu o controle e deixou a cena, nitidamente irado com as perguntas da jornalista. Esse fato rendeu manchetes no mundo todo.
Fatah
Após a crise do Suez, Arafat foi viver no Kuwait, onde ele encontrou emprego como engenheiro e acabaria por fundar a sua própria empresa.
No Kuwait ele esteve também envolvido na criação da Fatah, uma organização dedicada ao estabelecimento de um estado palestino independente e à destruição de Israel. Em 1963, o Fatah foi convidado pela Síria, para levar a cargo a sua primeira operação militar - fazer explodir uma bomba de água em Dezembro de 1964. O ataque falhou. No entanto, após a Guerra dos Seis Dias de 1967, os governos árabes ganharam um interesse maior pelas organizações palestinas, uma das quais a Fatah.
Jordânia
Depois da guerra dos seis dias de 1967, Arafat e a Fatah passam a atuar a partir da Jordânia, lançando ataques em Israel a partir do outro lado da fronteira e regressando à Jordânia antes que os israelenses pudessem reagir.
Em 1968 a Fatah foi um alvo de um ataque israelense à vila jordaniana de Karameh, no qual 150 guerrilheiros palestinos e 29 soldados israelenses foram mortos, sobretudo por forças armadas jordanianas. Apesar do fracasso , a batalha foi considerada pelos árabes como uma montra para a ação do Fatah porque os israelenses se retiraram e o perfil de Arafat e do Fatah cresceram. Nos finais da década de 1960 o Fatah passou a dominar a OLP e em 1969 Arafat foi nomeado presidente da OLP, substituindo Ahmed Shukairy, originalmente nomeado pela Liga Árabe.
Arafat tornou-se chefe do Estado Maior das Forças Revolucionárias Palestinas dois anos mais tarde e em 1973 o líder político da OLP.
No seguimento da ambição da OLP em transformar a Jordânia num estado palestino (com o patrocínio da União Soviética), crescem neste tempo as tensões entre Palestinos e o Governo da Jordânia, o que culminaria com o sequestro (e subsequente destruição) de quatro aviões pela FPLP e na Guerra Civil jordaniana de 1970-1971 (em particular com os eventos do Setembro Negro).
Neste conflito, a monarquia jordaniana, com a ajuda de Israel, derrotou a OLP e a Síria, que se preparava para invadir a Jordânia em apoio da OLP.
Líbano
Depois desta derrota, Arafat transferiu-se juntamente com a OLP da Jordânia para o Líbano. Dada a fraqueza do governo central libanês, a OLP conseguia operar virtualmente como um estado independente (chamado "Fatahland" pelos israelenses).
A OLP começou então a usar este novo território para lançar ataques de artilharia e infiltrar insurgentes contra israelenses, por exemplo, para o Massacre do liceu de Maalot de 1974.
Em Setembro de 1972 o grupo Setembro Negro, que é geralmente descrito como uma fachada operacional usada pelo grupo Fatah de Arafat, raptou 11 atletas de Israel durante os Jogos Olímpicos. O grupo executou dois atletas, e na tentativa de mover os restantes, um tiroteio com a polícia resultou na morte de todos os atletas, um agente policial alemão e cinco terroristas, no que ficou conhecido como o Massacre de Munique. A condenação internacional do ataque fez com que Arafat se distanciasse publicamente de atos similares no futuro; em 1974 Arafat ordenou que a OLP se abstivesse de atos de violência fora de Israel, da Cisjordânia e da Faixa de Gaza. No mesmo ano, Arafat tornou-se o primeiro representante de uma organização não governamental a discursar numa sessão plenária de uma Assembleia Geral das Naçőes Unidas.
Em 1974, líderes de estados árabes declararam a OLP como o único representante legítimo de todos os palestinos. A OLP foi admitida como membro de plenos direitos na Liga Árabe em 1976.
As operações da OLP no Líbano não receberam uma grande cobertura na imprensa. No entanto é certo que a OLP desempenhou um papel importante na tragédia da Guerra Civil Libanesa, e como cristãos libaneses alegam, Arafat e a OLP foram responsáveis pelas mortes de dezenas de milhares do seu povo.
Esta situação levou a que Israel se tenha aliado com os cristãos libaneses e conduzido duas grandes operações militares no Líbano, a primeira sendo a Operação Litani (1978), na qual uma estreita faixa terrestre (a zona de segurança) foi capturada e dominada conjuntamente pelas Forças de Defesa de Israel e o exército sul-libanês. A segunda foi a Operação Paz para a Galileia (1982), na qual Israel ocupou a maior parte do sul do Líbano, tendo recuado de volta à zona de segurança em 1985. Foi durante a segunda destas operações que os guerrilheiros da OLP foram pressionados a abandonar o Líbano. Ao mesmo tempo, entre 800 e 3500 palestinianos, na sua maioria civis, foram mortos pelas milícias cristãs libanesas no Massacre de Sabra e Shatila num campo de refugiados, uma medida de retaliação pelo assassinato do líder cristão-libanês Bachir Gemayel.
Este episódio permitiu à OLP perfilar-se internacionalmente como vítima. A fraca cobertura internacional da guerra civil libanesa, uma guerra que teve início pouco depois da chegada de Arafat ao Líbano e que fez mais de 40 mil mortos, é contrastada pela grande publicidade do Massacre de Sabra e Chatila. Ariel Sharon, o líder militar das forças israelenses no terreno sofreu também internamente a contestação pelo massacre em que ele esteve diretamente implicado e passou para o segundo plano político por alguns anos.
Tunísia
Em Setembro de 1982, durante a invasão israelenses e sob a influência americana, foi negociado um cessar-fogo o qual permitia a Arafat e à OLP a retirada do Líbano. Arafat e os seus guerrilheiros partiram de barco desde o Líbano para a Tunísia, que permaneceu o centro das operações de Arafat até 1993.
Durante a década de 1980, Arafat recebeu o apoio de Saddam Hussein, do Iraque, que lhe permitiu reanimar uma OLP seriamente abalada pela derrota militar. Este apoio veio em bom tempo, e coincidiu com o início da Primeira Intifada, que teve lugar em Dezembro de 1987. Dentro de poucas semanas, Arafat estava em controle dos motins (em contrário das suas afirmações de que o seu início tinha sido espontâneo), e foi sobretudo devido à ação das forças da Fatah e da FPLP na Cisjordânia que os distúrbios continuaram por tanto tempo.
A 15 de Novembro de 1988, a OLP proclamou o "Estado da Palestina," um governo-no-exílio para os Palestinos, nos termos da Resolução 181 da Assembleia Geral das Nações Unidas (a "oferta de partição de 1947"). Numa comunicação de 13 de Dezembro de 1988, Arafat declarou aceitar a Resolução 242 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, prometeu o futuro reconhecimento de Israel e renunciar ao terrorismo. A 2 de Abril de 1989, Arafat foi eleito pelo Conselho Central do Conselho Nacional Palestino (o corpo governante da OLP) como presidente deste estado palestino.
O comunicado de 13 de Dezembro foi ditado pela administração dos Estados Unidos, ansiosa por iniciar negociações políticas (os Acordo de Paz de Camp David definem o reconhecimento de Israel como um necessário ponto de partida); de qualquer forma, ele indica uma viragem do objectivo tradicional da OLP - a destruição de Israel (tal como na Declaração Nacional Palestina) - para o estabelecimento de Estados separados, um israelense dentro das fronteiras de 1967 e uma Palestina na Cisjordânia e na Faixa de Gaza.
Este desenvolvimento permitiu o início de um novo desenvolvimento político. Na conferência de Madrid de 1991, Israel conduziu negociações abertas com a OLP pela primeira vez.
No entanto, o relacionamento com o Iraque tornou-se um problema para Arafat durante a Guerra do Golfo de 1991. Ele foi o único líder árabe a tomar partido pelo Iraque antes da guerra; consequentemente, os Estados Unidos boicotaram-no, o que constituiu um impedimento nas negociações israel-palestinas, então em andamento.
Autoridade Palestiniana
Yitzhak Rabin, Bill Clinton, e Arafat durante os Acordo de Paz de Oslo em 13 de Setembro de 1993
No entanto, a crispação americana em breve se atenuou, levando aos Acordo de Paz de Oslo de 1993, que estipulavam a implementação da auto-administração Palestina na Cisjordânia e na Faixa de Gaza num período de cinco anos. No ano seguinte, numa decisão controversa, Arafat recebeu o Nobel da Paz, juntamente com Shimon Peres e Yitzhak Rabin. Em 1994, Arafat deslocou-se para a Autoridade Palestina (AP) - a entidade provisional criada pelos acordos de Oslo.
A 20 Janeiro de 1996, Arafat foi eleito presidente da AP, com uma maioria esmagadora de 87% (o único outro candidato sendo Samiha Khalil). Observadores independentes internacionais reportaram que as eleições decorreram de forma livre e justa. No entanto, alguns críticos alegam que porque a maioria dos movimentos de oposição não participaram nas eleições e outras irregularidades, as eleições não foram verdadeiramente democráticas.
Novas eleições estavam inicialmente anunciadas para Janeiro de 2002, mas foram depois adiadas, alegadamente por causa da impossibilidade de fazer campanha devido a incursões militares israelenses e restrições da liberdade de movimento nos territórios ocupados.
Desde 1996, o título usado por Arafat como líder da Autoridade Palestina é a palavra árabe ra'is (cabeça) cuja tradução para o português é matéria de disputa. Documentos israelenses traduzem normalmente a palavra como "chairman", (presidente de conselho) enquanto documentos palestinos traduzem-no como "presidente". Os Estados Unidos normalmente seguem a prática israelense, enquanto que as Nações Unidas normalmente seguem a prática palestina.
Em meados de 1996, após a eleição de Benjamin Netanyahu como primeiro-ministro de Israel, as relações israelo-palestinas tornaram-se mais hostis. Benjamin Netanyahu tentou obstruir a transição para o estado palestino delineada no acordo OLP-Israel. Em 1998, o presidente dos Estados Unidos Bill Clinton interveio, arranjando um encontro com os dois líderes. O resultante Memorandum de Wye River de 23 de Outubro de 1998 detalhava os passos a tomar pelo governo israelense e pela OLP para completar o processo de paz.
Arafat continuou as negociações com o sucessor de Netanyahu, Ehud Barak. Em parte devido à sua própria política (Barak pertence ao partido trabalhista, enquanto que Netanyahu ao partido conservador Likud) e parcialmente devido à grande pressão colocada pelo Presidente Americano Bill Clinton, Barak ofereceu a Arafat um Estado palestino na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, com Jerusalém Leste como capital, um regresso de um número limitado de refugiados e uma compensação para os restantes, mas não estipulando sobre outros assuntos, vistos como vitais no processo. Numa manobra amplamente criticada, Arafat rejeitou a oferta de Barak, e não fez qualquer contra-oferta. Seguindo a uma visita altamente controversa de Ariel Sharon à área delimitada da Mesquita Al-Aqsa e a violência que se seguiu, a chamada Segunda Intifada Palestina (ou Intifada Al-Aqsa Intifada) (2000 até hoje) começou.
Falecimento
Tumba de Arafat em Ramala
Mohammad Abdel Rauf Arafa al Quadwa al Husseini, mais conhecido como Yasser Arafat, morreu dia 11 de Novembro de 2004 às 3h30, aos 75 anos, com falência múltipla dos órgãos, após treze dias internado no hospital militar Percy, em Clamart, a sudoeste de Paris, de acordo com Christian Estripeau, porta-voz do hospital, embora seu biógrafo, Amnon Kapeliouk, tenha levantado a possibilidade de sua morte ter sido decorrente de anos de contínuo envenenamento, provocado pelo serviço secreto israelense. Arafat, considerado o mais importante líder palestino, e um líder de intenções dúbias pelos israelenses, não preparou um sucessor.
Dada a natureza extremamente perigosa e a frequência de tentativas de assassinato (muitas bem-sucedidas) na volátil política do Médio Oriente e o terrorismo com ele associado, a sobrevivência pessoal e política de Arafat é tomada pela maior parte dos comentadores ocidentais como uma prova da sua perícia em guerra e propaganda assimétricas e suas qualidades tácticas.
Alguns comentadores acreditam também que a sua sobrevivência deve-se em grande parte ao receio de que ele se pudesse tornar um mártir da causa Palestiniana caso fosse assassinado ou preso (ambas as opções encontravam-se dentro das possibilidades de Israel, segundo se crê).
A sua habilidade em adaptar-se a novas tácticas e situações políticas é talvez exemplificada pela ascensão das organizações do Hamas e da Jihad Islâmica Palestina grupos fundamentalistas que fazem uso de retórica islâmica para motivar ataques suicidas. Na década de 1990, estes grupos pareceram ameaçar a capacidade de Arafat de unir uma organização nacionalista secular com um objectivo da constituição de um estado. Estes grupos pareceram estar fora da influência e controlo de Arafat e concorriam com o Fatah, mas as suas actividades foram toleradas por Arafat, que alegadamente se terá servido da sua violência como meio de exercer pressão sobre Israel.
Outros vêem nas ações militares israelenses contra a Autoridade Palestiniana e as restrições pelas forças militares israelenses sobre Arafat e suas forças de segurança como um pretenso motivo de incapacidade de Arafat em fazer frente à influência crescente do grupo fundamentalista do Hamas.
Para além disso, representantes do Hamas e da Jihad Islâmica apoiaram publicamente Arafat algumas vezes. É alegado que Arafat parece ter adaptado uma estrutura similar àquela do Exército Republicano Irlandês (IRA) e seu braço político Sinn Féin, uma situação em que o braço político argumenta pelo menos em teoria uma separação operacional das acções tomadas pelo braço militar.
A 6 de Maio de 2002, o governo israelense divulgou um relatório, basedo em parte em documentos alegadamente capturados durante a ocupação do quartel-general de Arafat em Ramalah pelas forças militares israelenses, os quais mostram as ligações e incluem cópias de papéis que parecem ter sido assinados pelo próprio Arafat, autorizando o financiamento de atividades terroristas das Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa.
O número e intensidade de ataques suicidas aumentou nos primeiros meses de 2002. Em Março desse ano, a Liga Árabe fez a proposta de reconhecer Israel em troca da retirada israelense de todos os territórios capturados na Guerra dos Seis Dias, e o reconhecimento da soberania da Autoridade Palestina de Arafat. Apoiantes desta declaração vêem nela o histórico reconhecimento de Israel pelos Estados Árabes, enquanto que críticos da proposta afirmam que ela constituiria um perigo para a segurança de Israel, não assegurando sequer a cessação dos atentados suicidas.
A proposta da Liga Árabe coincidiu com uma nova onda de terrorismo Palestino contra Israel (algum do qual veio dos próprios militantes da Fatah de Arafat), que trouxe a morte de mais de 135 israelenses. Ariel Sharon tinha previamente pressionado Arafat a condenar fortemente os ataques suicidas em face da sua própria população em língua árabe. Após estes ataques, Sharon declarou que Arafat prestava assistência aos terroristas e deste modo tornava-se um inimigo de Israel e desde logo irrelevante para quaisquer negociações imediatas de paz. A declaração foi seguida pela entrada de tropas israelenses em cidades da Cisjordânia, numa ação que ficou conhecida como "Operação Escudo Defensivo".
Tentativas do governo israelense de buscar outro líder palestino com quem negociar falharam e Arafat gozava do apoio de grupos que pela sua história desconfiavam dele e evitavam lidar com ele.
Arafat recebeu finalmente a autorização para deixar o seu complexo em 3 de Maio de 2002 após intensivas negociações que culminaram num acordo. Seis terroristas procurados por Israel, que se tinham entrincheirado juntamente com Arafat no seu complexo, não seriam entregues a Israel, mas também não permaneceriam ao encargo da Autoridade Palestina. Uma combinação de polícias britânicos e norte americanos assegurariam que eles permanecessem emprisionados em Jericó. Com esta medida, e a promessa de que ele iria emitir um comunicado em Árabe aos Palestinos a favor de uma pausa nos ataques terroristas contra Israel, Arafat foi libertado. Ele emitiu este comunicado a 8 de Maio de 2002, mas como em casos anteriores, o seu pedido foi ignorado.
A 18 de Julho de 2002, o Presidente dos Estados Unidos George W Bush afirmou, referindo-se a Yasser Arafat: "O verdadeiro problema é que não há uma liderança que seja capaz de dizer 'ajudem-nos a estabelecer um Estado e nós iremos combater o terror e responder às necessidades dos Palestinos"
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