Ultimas fotos em dezembro 2011 do estádio do Corinthians.
















O naming rights do estádio do Corinthians foi fechado com investidores do Qatar.






As obras na Arena Corinthians não param! E para acelerar ainda mais a construção do estádio, a Odebrecht montou uma fábrica de peças pré-moldadas dentro do canteiro. Ela será fundamental para dar ritmo à obra, já que produzirá pilares e vigas no formato jacaré e vigas estruturais. São as peças mais pesadas e que dariam mais trabalhos para serem transportadas.

Segundo a Odebrecht, empresa responsável pela construção da arena que abrirá a Copa de 2014, começaram a ser instaladas as primeiras vigas "jacaré" no edifício leste, onde ficarão os assentos principais da futura arquibancada inferior daquele setor. Elas são peças pré-moldadas com formato denteado e são fixadas onde ficaram os degraus.

As vigas jacaré serão feitas em quatro tamanhos, que podem variar de 80 cm a três metros de altura, e peso entre três e 50 toneladas. Após serem produzidas, elas passam a ser encaixadas nos blocos e pilares que estão sendo colocados no futuro estádio.

"As vigas estão sendo produzidas na fábrica de pré-moldados, localizada dentro do canteiro de obras, com área de 7.500 metros quadrados onde trabalham 45 pessoas durante o primeiro turno e 15 operários no turno da noite, até às 23h20.
Com um estoque de mais 56 peças, faltam ainda mais oito para completar as 64 vigas que sustentarão a arquibancada inferior leste", disse a empresa em comunicado oficial.

Termina no próximo dia 30 de dezembro o prazo para dar entrada com pedido de financiamento junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para a construção de estádios que serão usados na Copa do Mundo de 2014. Dois clubes que estão preparando estádios para o Mundial, Corinthians e Internacional-RS, ainda não entraram com o pedido.

A linha Pró-Copa Arenas, do banco estatal, empresta até R$ 400 milhões com juros reduzidos e condições facilitadas àqueles que estão erguendo as arenas. Nove dos 12 estádios contarão com o dinheiro. O governo do Distrito Federal resolveu abrir mão do financiamento, que incorre em se submeter ao controle dos órgãos federais de fiscalização do uso de dinheiro público.

Já o Corinthians, que está erguendo um estádio de R$ 820 milhões na zona Leste de São Paulo, e o Internacional-RS, que está reformando o seu Beira-Rio a um custo estimado de R$ 290 milhões, contam com este dinheiro para erguer suas arenas, mas veem o tempo para efetuar o negócio se esvair.

É que o BNDES exige uma série de garantias e condições para liberar o financiamento. O caso do Inter parece ser mais preocupante, visto que o clube ainda não firmou o contrato com a empreiteira que está à frente da reforma do Beira-Rio, a Andrade Gutierrez. Sem ele, é impossível obter o empréstimo, já que o banco estatal exige uma garantia de 130% do valor emprestado por parte do tomador, e o Inter não teria como oferecê-la.

Além disso, o empréstimo tem que ser feito através de um banco intermediário, que receberia a garantia do tomador final e assinaria o contrato com o BNDES. Assim, o Inter tem 15 dias para fechar o negócio com a Andrade Gutierrez, entrar em acordo com um banco intermediário, oferecer a garantia de 130% do valor emprestado e levar toda a documentação ao banco estatal de fomento.

No caso do Corinthians, o acordo com a empreiteira já está concluído. Trata-se da baiana Odebrecht. Segundo fontes internas da empresa, já existe um plano financeiro montado para viabilizar o financiamento. “O projeto financeiro já está pronto. A construtora lançará um fundo imobiliário para grande investidores. Além disso, oferecerá o direito a parte da receita da nova arena, incluindo o patrocínio comercial (uma empresa privada poderá batizar estádio)", afirma uma fonte próxima às negociações.

"Está sendo criada uma empresa específica para receber esse dinheiro do BNDES, juridicamente enquadrada como Sociedade de Propósito Específico (SPE). O dinheiro sairá em nome dessa sociedade e as garantias serão oferecidas pela Odebrecht”, revelou o negociador. No caso da operação privada entre Odebrecht e Corinthians, a barreira das garantias vem sendo a rocha mais dura no caminho dos engenheiros do novo Itaquerão.

Mas não é a única. O clube paulista ainda ainda não obteve uma certificação de sustentabilidade e responsabilidade ambiental da obra. A obtenção de um "selo verde" é obrigatória para se pleitear o empréstimo do BNDES, que estava previsto na arquitetura financeira do estádio apresentada pelo Corinthians à Fifa, quando a entidade que controla o futebol mundial ainda escolhia qual seria a cidade-sede que receberia o jogo inaugural da Copa.

Dos 11 estádios que planejam contar com a linha de financiamento do banco estatal, apenas o do time paulista ainda não contratou um serviço de certificação de sustentabilidade. Para Felipe Faria, gerente de relações institucionais do Green Building Council Brasil (GBC), grupo procurado pelas outras dez arenas para gerir o processo de certificação, a demora do Corinthians em dar início ao processo é preocupante.

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